ANDORINHA

                                  ANDORINHA

Eu sou a andorinha que voa sozinha no deserto.

O vento das minhas asas, balançam as folhas do caderno esquecido,

as letras ficam nas linhas marcadas pela caneta do poeta.

             Eu sou a andorinha que virou canção.

A dança de alguém, que vibra de alegria com essa melodia.

                  Eu sou o que move o cantor...

                    Eu sou a poesia em flor!

           Eu sou a andorinha que chama o amor.

 

Autora: Madalena Cordeiro...

Quem sou

Quem sou



Vem , vem descobrir

Quem sou!! e que padeço!!

Não sei se te mereço...quero todo o teu corpo

E o que sei...é que padeço

Por ser teu segredo...guardado

Quero todo o teu corpo

Descobrir o que sentes , sussurrar o desejo

Ranger entre os dentes

O prazer que sentes

Jamais o olvidarás...somos simbiose

Do prazer carnal...desejamos o leito !!

E sei amar de qualquer jeito

Num orgasmo final...

Não sei quem és , nem se padeces!!

Sei que o desejo ...vem

tenho medo

Tenho medo

Já rasguei a página

Onde tinha escrito os meus medos guardados

Agora escrevo um poema rasurado

Onde abandono despojos de recordação

Entre túmulos e sarcófagos

Jaz minha mente cansada.

No campo de batalha…escrevo-te uma carta

De sentidos doridos, de alma ferida

Estou cansado de escrever!!!

Cartas debotadas, rasuradas

Desta guerra, dentro do meu ser

Das lágrimas que verto

Ao sentir o tempo correr.

Já não sei se te amo

Ou se te faço sofrer

Já não sei se te quero

folha rasurada

Folha rasurada

Olho para ti, alva

Branca e limpa

Absorvo a tua textura , desabafo…

Ai!! Como te quero rasurar!!!

Meu peito dói-me, alguma metáfora sairá

E enaltecerá o que meus olhos abarcam

E quando passar na viela

Verei rostos brilhando, sorrindo para uma vida

Desenho com palavras, os rostos os sorrisos

Traquinas e jovens …invejo!!

E rasuro dentro de mim a minha inveja

Que outrora também foi traquina e jovem

Rasuro pela palavra, desejo

Desejo ser eternamente jovem

Um de nós...

Encontra-me a delicada
 
flor
 
onde as pétalas sedentas
 
antes do tempo seu fruto
 
amadurecer
 
mergulham na solidão do dia
 
colorindo a vestimenta
 
delicada dos teus jardins onde cada
 
perfume saboreia
 
desperta, respira e alimenta
 
 
Invento a suculenta noite
 
onde me abrigo

No seu toque

No seu toque, me despi

No teu beijo, me encontrei

O seu veneno eu senti

E no seu cálice me embriaguei.

 

E foste na luz da lua, antes do amanhecer,

Que nossas mãos se cruzaram,

Nos nossos corpos, em murmúrios de prazer

se encontraram

E neste precioso canto

Que desperta-me o canto

Para quentes versos escrever-te o meu encanto.

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