Portugal

Num país de ladrões,

São eles quem rouba mais.

Levantam-se questões,

Iludem-se multidões,

São plásticas discussões,

São sonhos irreais.

 

A honestidade sai cara,

Quando mentir é barato.

É perigosa a palavra,

Quando  manipulada

Pela mão disfarçada,

Que protege o seu prato.

 

 

ESTRADA DO AMOR

Sigo nesta estrada empedrada

Onde não sinto os pés no chão

E o vento fustiga forte no rosto

Como se me arrancasse a pele…

 

Caminho com passo compassado

Por entre o empedrado deste chão incerto

Mas nunca perdendo o rumo…nem o norte.

 

O amor me segue em cada caminhada

Acompanhando todos os meus passos

Ganhando cada vez mais força e mais vigor

Nesta estrada onde sigo

Desconcertante

Cuida de mim
 
quando a noite nos envolver
 
em mantos nocturnos
 
confinando-nos em prantos
 
de solidão aspergida em cada
 
silêncio deste nosso folclore
 
de vida
 
 
Faz-te toda meu trampolim
 
nesta minha poesia
 
razão de todo meu viver
 
Acontece-te na manhã tranquila
 
veloz

Talvez

 

Talvez!

De incerto destino
Floresceu!
Absurdo?
Talvez!
Busca incessante...
Noite de primavera
Sol de verão
Oásis do amor
Brumas do mar
Água...
Riacho sereno
Melancolia
Saudade sem esperança
Turbulência de vida inventada
Ecos de silêncio
Sono agitado
Erosão da alma?
Talvez!

O Hospedeiro

Nos teus selectos pensamentos
 
unimos cada segundo que se escoa
 
em perdidos silêncios
 
reescritos em letras reclusas
 
onde o tempo ferido ecoa
 
e as palavras férteis jamais se escusam
 
 
Foram passando
 
outras recordações
 
pintando nossos felizes dias
 
com afagos deixados
 
por saudades palmilhadas

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