Primavera
Autor: zelia Neves on Sunday, 22 March 2015Primavera
Primavera
Simplesmente...
Olhar sereno
Bordando letras
Abre a janela
Pela manhã
vê o o orvalho
na flor da maçã
Um beijo no rosto
Um abraço apertado
São mimos que quer
Quem está enamorado
Uma flor
Enfeita o sorriso
Da mulher que traz no ventre
O seu melhor presente
Esta é a vida
Simplesmente vivida
Em cada flor, um sorriso
Doce aconchego
Desenhado pela natureza,
Ternura, doçura, dedicação
Afecto, meiguiçe
Simplesmente…
Partiu um pedaço de mim
Pedaço que calou
Pedaço de mim que se foi
Tão gelado
Num dia tão frio e sombrio
Foi-se um pedaço da minha história
Da minha vida…
Que me ensinou um mundo de coisas bonitas
A minha alma desabou
Perdida
Entristecida
Tenho saudade…
Do pedaço de mim que partiu
Agora, comtemplo a lua
Sei que esse pedaço de mim
Está algures no firmamento
Escondido entre uma multidão de estrelas
A lua espelha esse pedaço de mim
A ilusão dos imortais
Morre no mesmo instante
Em que o tempo enterra ideais
Para guardar em seus anais
O destino cruel das horas mansas.
Herdeiros? Onde estamos?
Onde não estamos? A vida
É um sepulcro talhado, é vulto,
Mas quando a sombra aparece
Envolta em retalhos de luz
Tem-se a certeza de que se vive
E doce é o néctar desta sensação.
Sou a vida,
sou a morte,
sou a tua sorte.
Sou o destino que te abençoa,
o amor que te acalenta,
a consciência que te amordaça,
vê se me entenda.
Sou a culpa que te atormenta,
que te acusa do pecado,
mas te salva do inesperado,
receba este meu recado.
Estou sempre ao seu lado,
mesmo sendo você predestinado,
a sempre ser meu filho amado.
Sou a vida,
sou a morte,
sou a tua sorte.
Leandro Campos Alves.
2015.
Conheçam nosso trabalho em:
Eu me curvo diante deste imenso vazio,
Eu me turvo perante meu olhar arredio
Que me faz singrar hipóteses ao vento
E escalar o escuro sem ressentimento.
Eu me tosto pelo sol da manhã cinzenta,
Eu me enrosco onde a saudade se assenta
Dissertando a lápis na solidão que maltrata
O escape felino do beijo cítrico da mulata.
Eu me lavo das barbáries do sonho tímido
E me cravo os pregos que me deixam lívido
Sob o calor que apetece o brilho da estrela...
Agora cai a água das nuvens,
O solo árido é o cálice que a recebe,
A terra seca então se depura
E sementes alimentam a verve.
Bebe-se da umidade um aroma em flor
E em taça de cristal o mel da redenção
Que mitiga a sede e a sacia a fome
Dum mundo que sofre estiagem no coração.
No chão fulvo surgem os primeiros brotos
E no augúrio das mentes varre-se o lodo
Da infertilidade que sentenciou os campos...
Tempos novos... Há nas árvores o incenso
“” Sereia mutilada pelo flamo Del mar
Gavita perfeita, iluminando
As ondas lastimais, incensos astrais
Alfas atraem pseudos pecadores, predadores.
És tesctura da minha costa
És levez da sua atmosfera
És o seu aroma
És a sua abrasadora ferve
És dela e da minha suscetibilidade
És o meu sorriso ao estar lá
O que sou?
Sou casmurro nos comportamentos
Sou o que deveria ser
Só vinda a suposta reincarnação
Serei o que queria ser
Só espero até então morrer