Aconchegado

Era toda minha
esta felicidade incrível
restando-me contemplar-te
impassível na grandeza
do teu sim
mascarado em breves tons de jasmim
e aí foi quando me aconcheguei
nos braços teus
e dei por mim perdido assim
 
fitando impávido da janela
os pingos da chuva cair
doarei à pele o súbito
e vadio poente
que baniste dos nossos sonhos
 
e ao bramir de cada canto

Superação

Livrei-me de tudo o era saudável
 
arrastei-me doente, carente
impotente no vazio dos grandes
planos que ficaram por concretizar
derrubaram-me a autenticidade
clamei voraz com todos
 
os gritos da voz doendo
além do que a dor suporta
 
atormentam-me as horas vagas…vazias
puro egoísmo cancerígeno
sei lá, amigo meu
apetece-me ir embora
esvaziar-me do passado

Quero Conquistar o Teu Céu

Busco no teu olhar,
Uma nova canção.
Quero-te beijar,
Mas não tenho permissão.

 

Tento-te entender,
Sem sequer falar pra ti.
Tento te trazer,
Mas o teu lugar ainda não é aqui.

 

Mas não consigo desistir,
Queimar o futuro onde já te pintei.
Entrei e não consigo sair,
Gosto de ti mais do que pensei.

 

Tempo interminável

A minha promessa é poesia com dores,
 
grávida de desejos
 
suspensa num cálice adocicado pelas tuas lágrimas
 
eternamente grato pela história que hoje escrevemos num livro
 
palmilhado de sabores e saberes,
 
vitórias e derrotas precipitadas na orla de um queixume
 
sempre alimentadas sempre amadas,sempre nossas…
 
entre tu e eu, neste tempo fugaz e implacável
 

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