– Abjetos Da Minha Aplicação –

     – Abjetos Da Minha Aplicação –

        Lá vêm os próprios uns de sempre

      Fanfarronada sucessivas mesmices

   - Em suas bagagens eis a salvação!

  Sigam-me! São os, me solicitando!

 Eu preciso saber do que estou me salvando

 Da fome da sede ou doutro emprego

 Eu preciso saber do que estou me safando

Caminho proíbido

Cedo-te por agora meus horizontes
 
em cascatas de ouro e plátano
 
 
indicarei todos os caminhos
 
que existirem entre as flores ao luar
 
e outras lendas deixadas por contar
 
 
e da terra amorosa e sentida, te abraço ávido
 
fluindo macio no teu colo
 
à luz da luz dourada atrevida
 
que te espreita e não me proíbe
 

Brincar de Viver

Aprendemos a brincar de “vida” muito cedo. Tudo começa com o primeiro “não”. Choramos, apelamos; imploramos aos deuses maiores a volta do mundo perdido. Não tem volta. Nascemos. A partir desse ponto somos obrigados a brincar de viver. Regras, deveres, uniformes, horários, cálculos, Sobotta, tese de doutorado! As brincadeiras ficam cada vez mais sérias. Depois vêm as recompensas: Casa grande, carro do ano, família, passeios de finais de semana, whisky triplamente filtrado! Um brinde a todos nós que nunca aprenderemos a brincar.

Lágrimas do silêncio

Lágrimas do silêncio
 
O que restou 
quando nossos sorrisos se transformaram 
em lágrimas 
e nossas vontades estavam em dívida
o que restou
hoje tudo parece como no cinema 
onde assistimos ao 
amor renascer, desabrochar
por nós mesmos, onde ninguém quer
ceder ou se entregar por inteiro
 
o que restou...das lágrimas,
o silêncio
quando vivemos a vida por inteiro

Arrependimento Urbano

Brasil, 
O país em que nascemos
Crescemos e vivemos.
A terra em que tanto caminhamos...
No cais do inimigo 
Nós tanto choramos
Choramos
Lágrimas de tentativas e planos...
É nosso! É nosso!
Esse arrependimento geral urbano.
Migalhas, escombros,
Comboios, quilombos,
E até hoje nós sofremos o dano.
E até hoje padecemos na mentira!
Nessa multidão de cabeças lavadas

Pages