Mulher, não vais querer o meu Amor
Autor: António Vicente... on Tuesday, 4 November 2014Mulher, não vais querer o meu Amor
Pois é do meu coração uma fértil lavra
Brota laços; quando ama jamais a livra
Nele trago todo de mim e o meu pudor
Ele paciente, meigo e tradutor da dor
É do meu coração verdadeira palavra
É fonte única da minha estável fevra
É da minha bondade o singelo penhor
De más mulheres, já bebeu peçonha
Mas inda tem brilho que o sol desvia
Ele traz paz dum branco de cegonha
Pai nosso, abaixo solo já finado
Autor: António Vicente... on Tuesday, 4 November 2014Pai nosso... abaixo solo já finado,
Carrego às lágrimas desta oração,
Uma dor que abafa meu coração,
Por dizerem que foste chacinado!
Não sei se... ou... estava destinado;
Sei que duro é não ter sua atenção.
Sem ti, vivo à tamanha desolação;
Deveras, sem ti, me sinto afinado.
Àquele jazigo onde terno dormes,
Desconhecem meus pés o caminho;
Que no despertar, o meu... tomes.
Porque sem ti, dias todos definho;
Irmãos meus, a mim conformes;
À vida... faz-nos falta o seu carinho
SEM ABRIGO
Autor: Angela Caboz on Tuesday, 4 November 2014sem casa, nem guarida
só com um cão como camarada
há muito que era esta a sua vida
o tempo passava lentamente
POBRES MORTAIS
Autor: SELDA KALIL on Tuesday, 4 November 2014
Pobres mortais
Contra o Vento
Autor: André Pereira d... on Tuesday, 4 November 2014pelas estradas por domar,
por aquele caminho interminável,
que tanto anseia por terminar.
Da mão da sociedade corrupta,
me despego sem ela querer soltar,
da sua linearidade absoluta,
que julga que veio para ficar...
Se veio, deixo-a com um cumprimento,
e sigo o caminho tão inverso,
que só o verso o poderá eternizar.
Deixa-me seguir contra o vento,
caminhar em direcção ao fim do universo,