O poeta e o profeta

O poeta e o profeta

 

 

Profeta tem que falar

O que está em seu coração.

Um alerta para indicar

A via da correção.

Para o outro evitar

O erro e a má ação

Da maldade abdicar.

 

O poeta pode versar

Sobre o que lhe apetecer.

O que na alma venha a estar

Ou um externo acontecer.

Versar sobre a arte de amar

Ou sobre a dor e o sofrer

Sua intenção é encantar.

 

Profeta quer denunciar

O erro e a corrupção.

Poeta quer externar

Pulverizar corações

Bom dia mundo, o tempo está cinzento nesta manhã; mas não me impede de tentar agarrar o sol, desviar as nuvens para o lado, regar as plantas e pulverizar corações.          É dia de esquecer todas as feridas do passado e dar um abraço ao Planeta, abrir o coração e escutar os pássaros que voam alto. Sentar na areia branca e acompanhar as ondas do mar, sentir a compaixão e, numa folha branca acrescentar a caneta; amar e preservar a amizade verdadeira, sentir o coração.

Lamentar Tortuoso

Tenebrosa esta tempestade,
sacudida por graciosas ondas.
Voluptuosas cristas espumadas,
gracejam o céu irrequieto.
Privado da inocência,
nebuloso e sem consciência,
Amor, sinto-me privado,
do teu calor, já acabado.
Sonolento, vagabundo,
golpeado, injuriado.
Oh fortuito lamentar
vieste para ficar.

Tempestade

 
Como chove aqui,
neste calor abrasador,
maior chuva eu não vi
no meio de tanto calor.
 
A tempestade veio
não avisou o céu azul.
Não se entende a verdade a meio,
a não ser que mentira a regule.
 
Espera que a chuva passe,
tempestade de clima tropical.
Sei que se à minha espera ficasses,
não seria nada normal.
 

 

Por isso vai.

 

Seu sorriso

Seu sorriso 
 
Sabem,
afinal eu sempre me amparo
no sorriso dela,
desbravo-me na inércia do tempo
quando estou a salvo
repleto nos ventos de feição
eu me descubro e me guardo
e de costume até me modelo
em tudo o que sou
quando tudo o que dou
é até às vezes, um raio de sol
que por mim se aventurou;
 
Quando quero
passo,posso e dito as regras
em minha poesia

O que nos devora...

O que nos devora...
 
Às vezes apetece-me mesmo 
fechar os olhos
e sair por aí
deixar-me consumir como o restolho
sentindo que tudo é passageiro
até a solidão onde me recolho
preparando-me hoje 
mais que confinado
às bermas de uma enorme tempestade
recostada neste cântico sentido
sem nunca ter outro motivo
que não seja estar aqui
ser aguerrido, como outrora

Pages