GAIVOTA

           GAIVOTA

 

   UMA GAIVOTA PRENDEU MEU OLHAR,

   COM O SEU VOO, PAIRANDO NO AR.

   FLUTUA AO VENTO, SEM MEDO DO MAR.

   ONDEIA SERENA, EM SEU BALANÇAR.

 

   FOSSE EU GAIVOTA, SOUBESSE VOAR!

   BAILAR SOBRE ONDAS, REVOLTAS DO MAR,

   NA ESPUMA BRANCA DAS ONDAS, LAVAR

   AS FERIDAS. E MÁGOAS AFOGAR.

 

   MAS NAO TENHO ASAS! NÃO SEI VOAR!...

   CINJO-ME À VIDA QUE DEUS ME QUIS DAR.

   QUE SORTE TIVE! TRÊS FILHAS P'RA AMAR!...

   

   NÃO PAIRO SOBRE ONDAS DE MAR ABERTO.

Nova Era

Nova Era

Já entramos no século 21, e ainda sim, falar certas verdades continua sendo inapropriado. A população continua cultivando mentiras confortáveis. Como dizia Raul, - “Eles são carrascos e vítimas do próprio mecanismo que criaram.” – A nova era chegou, mas a ignorância da população continua a mesma de séculos passados. Veio a tecnologia e tiveram que amordaçá-la, pois não poderiam deixar que desmentissem o papai Noel, nem Adão e Eva.

Relatos de uma Poesia

"Relatos de uma Poesia"
Em pedaços de memórias,
trazes para uma poesia a eterna vitória,
de descrever a fantasia nessa infância que em ti mora,
num tom de voz declamando histórias,
que desde pequeno recordas.

Num traço de luar,
reescreves uma poesia que te deixa sem ar ,
aquela que imaginas à beira mar,
num antes e depois de um breve amar.

Nessa pele desconhecida,
procuras a companhia que traz alegria,
no percorrer de uma estrada vazia,
quebras uma profecia,
sem fim à vista.

Nosso Tempo

Peço um minuto de atenção

Para ouvir o que eu tenho a dizer.

É importante!

Lhe diz respeito.

 

Pense um pouco…

Vai dar tempo, depois, de fazer suas coisas.

 

Peço um instante de carinho,

Um segundo de beijo

Que durará uma eternidade

Pois ressurgirá o nosso amor.

 

Me olhe um pouco…

Depois você vê a correria da vida.

 

Não corra de mim,

Não corra comigo!

Apresse seus projetos,

Seus trabalhos,

Seus estudos!

 

Anatomia Poética - As Costas

Feiticeira dissimulada!

Quantas belezas não escondes

Com tua visão exuberante?

Quantos suspiros não provocas

Com a imaginação do que segredas?

 

És a proteção perfeita!

Tão forte e cuidadosa…

És elegante, empertigada, vaidosa!

Mas, amante do toque e dos carinhos

Te rendes facilmente a um beijo sincero.

Anatomia Poética - O Peito

És um dialogismo paradoxal:

O escudo e a coragem;

A bravura e a proteção;

O refúgio e o incentivo;

Porto do choro e do riso!

 

Amálgama da vida!

Guardas o ar e a água

- E que energia fabulosa fabricas!

Todo o bem e todo o mal.

Interseção perfeita entre a carne e o espírito!

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