Fica, ainda

Nem eu nem tu abrimos mão dos destinos.

Tu foste em demanda de algo que não ouso perguntar

Eu atiro com força os braços ao ar, no desejo de

Fazer sombra antes que o meu tronco apodreça.

Contudo, fica comigo na tua saudade, no teu íntimo que sabemos nosso,

Igual, da mesma matéria, do mesmo cheiro, da mesma palavra.

 

Queda-te por perto, não afastes as palavras de seda

Que vertes daí, nessa ausência presente e onde respiras

Acordares angustiados de lágrimas em Nó. E quero-te.

LEVE

E QUANDO O VENTO SOPRAR...

MEU CORPO INERTE LEVARÁ.

E ME DEIXAREI IR!

COMO QUEM, NÃO QUER MAIS FICAR.

LEVE!

ABRIREI OS BRAÇOS...

 SENTIREI O FRESCOR DA BRISA.

LEVE!

SINTO-ME LEVE...

LIBERADA DE TODOS OS PENSAMENTOS

ESTOU.

 E VOU.

SINTO-ME PENA...

PEQUENA.

VOO SEM RUMO...

OLHOS FECHADOS...

ME DEIXO IR!

PARA POUSAR...

LEVEMENTE... ONDE CHEGAR...

E ME DEIXAR FICAR...

ATÉ O VENTO... NOVAMENTE ME LEVAR.

ARLETE KLENS

Pages