INTRUSA!

                    Intrusa, oque fazes ao coração?
                    Absorvi tua essência em minh'alma,
                    Amarraste minha vida a um cordão;
                    Colocaste tua sorte em minha palma.

                    Debilitado ao ardor de tua pele,
                    Venho a sucumbir a desejos invensíveis;
                    Em meus olhos não há mais o que revele,
                    Tornaste meus instintos mais sensíveis.

CONSELHO MEU!

                             Ouça moça de beleza temporânea,
                             Que fazes dando glória a teu corpo?
                             Bem sabes a juventude é momentânea;
                             E seu espírito jamais é absorto.

                             Induzo-te ouvir conselho meu,
                             Prazeres mesmo bons não são eternos;
                             O amor não olha príncipe ou plebeu,
                             Mas sim o coração que não é ermo.

Porque não viver!

Porque não viver.!?

 

Como não viver!?

Se estamos rodeados de vidas.

Esbarrando o tempo todo

Vivendo elas

Seja por pouco tempo

Seja para sempre.

 

Na busca da razão

E achadas em outras vidas

A simples razão de viver

E assim vivida sem razão.

 

E procurar a certa

Sem nunca ter provado

O gosto da errada

E deixar de viver

O que se tem pra viver

E não sorrir

Cantar

Beijar e como não amar.

 

Sou Imoral

Sou imoral ao acordar, não me conformando com o mesmo dia que nasce todo dia. Sou imoral quando me olho no espelho e vejo a mesma cara cansada de sempre. Sou imoral quando vou ao trabalho e recebo uma miséria fazendo o que amo. Sou imoral ao descer o elevador e sentir ódio da senhora que passou sem agradecer minha gentileza. Sou imoral ao achar um cigarro inteiro no chão e fumá-lo sem preocupação. Sou imoral ao não almoçar, pois a comida já está fria e sem gosto. Sou imoral ao passar tardes inteiras nessa modorra chamada quarto.

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