Drama

Silêncio!

Vamos ouvir a sinfonia dos mudos,

Vamos abraçar os fantasmas,

Ver o brilho da escuridão,

Rever todas as verdades.

 

Estou fora.

Assisto à parte tudo o que me ocorre.

Atuo num filme que não conheço o roteiro

(É um drama sem “quebra de tensão”;

Com “bandidos” por todos os lados

E sem nenhum “ajudante do mocinho”),

Corro o risco de não chegar ao fim;

Fui posto num caleidoscópio irracional.

 

Tenho fantasmas por sombra,

Não confio mais em mim mesmo,

quadras ausentes

Já fui nova, novinha em folha
Mas ai de mim, já nem sei!
Se o espelho quando me olha?!
- Pensa que outra serei!

Nem sei qual estou sendo
Pois ai de mim já nem sei!
Meus olhos verdes morrendo
- Depressa daqui me irei.

Já fui de amores e afagos
Já fui ave do céu com ninho
Já fui dum cacho seus bagos
Agora que sou? Nem adivinho!?

- Já fui moça estremecida
- Um pedaço de horizonte!
- Já fui lezíria de Vida,
Hoje? Não passo dum monte.

Do Mar à Terra

Alguns atropelos da minha ira enquanto navegante

faziam-me repensar. Mas navegando à bolina

o vento esmerava-se, era ofegante

quase me virou o barco. E já vejo a colina,

da serra para onde eu vou.

Deixo o mar e procuro agora, em terra sadia,

respirar o orvalho pela manhã

fotografar uma raposa, que vadia

naquele lugar, naquela terra sã.

E no aconchego daquele lugar,

silenciado pela Natureza

procuro consolo. - Vou rezar,

para que cada um de nós encontre a destreza,

e porque não a certeza,

Na mesa

Hoje,nesta mesa,sozinha,escrevo já bêbada
Nessa mesa de bar com um copo ao lado, um copo e um guardanapo.

Nessa mesa boêmia de bar. Eu morro.
Morro de tédio e de álcool
Nessa mesa cheia de cerveja eu escrevo já tonta
Tantos pensamentos... Cabeça á mil.

O dia começa a clarear é hora de ir.
Não posso mais ficar nesse tédio,
Esse guardanapo... Esse copo... Esses garçons que me dão mais cerveja...Essa mesa boêmia morta...

Colocam a gente num tédio e numas inspirações fora do normal.

Mudança

Fala-se crise económica...é concerteza, mas fundamentalmente ( na minha modesta opinião) vivemos uma crise de mentalidades retrógradas e insensíveis à mudança que estamos a viver. Estas mentalidades de que falo são retrógradas, insensatas que se vêm ultrapassadas por novas que estão a emergir. Trata-se de uma mudança que que é sempre antecedida de uma crise. 

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