Quiçá

Quiçá

Quiçá eu seja um pacóvio

Por ser assim tão romanesco

Por mais que eu tente

Tenho um poeta aqui latente.

 

Às vezes pareço um altaneiro

Por levar um sonho coeso

Embora tentasse eu a mudança,

Mas sou assim desde criança.

 

Agora o mundo irá saber

Tudo que um dia eu sonhei

Em meus parcos versos relatarei.

 

Se me achas um ditoso

Por ser assim tão romântico

Isso me deixa muito honroso.

 

Por Leandro Yossef (21/2/2013)

o Lunático parte III

Quando ela ficava em silêncio eu pensava que ela poderia estar nos braços de outro,

mas quando recebia uma sms dela,

ela estava a trabalhar.

Passamos assim tempos e tempos até que num belo dia ela dá-me uma novidade...

"Estou apaixonada por um rapaz",

Rapaz esse que lhe dava estabilidade emocional,

Rapaz esse que a tratava como se ela fosse uma bonequinha de vidro.

Dei-lhe os parabéns e felcidades,

mas por dentro desejava que tudo não passasse de uma mentira e que esse rapaz fosse eu...

Fiquei frustrado, cheio de ciúmes...

Fotografia

Aquela fotografia ao lado na minha cama me diz tanta coisa..
Aquele sorriso do seu rosto e hoje as lágrimas não saem dele.
Aquele dia que tiramos aquela fotografia... Não me lembro muito daquele dia
Lembro dos nossos risos, nossas músicas loucas,nossas caretas,e os apelidos.

Aquela fotografia de nós dois hoje chora de saudade
Hoje me faz recordar o que já fomos e que não somos mais.
Me faz recordar nossos beijos e os abraços os encontros inesperados.

Gabriel

Gabriel é seu nome...
Nome de anjo.
Gabriel...
Te vejo nas ruas.
Corro atrás de você
Você não me vê.

Gabriel...
Você passa pelas ruas com esse sorriso que enfeita sua face
Seu perfume eu sinto de longe.
Seu olhos lindos, azuis eu lembro todo dia.
Porque você não me vê?
Talvez porque você passe com pressa na minha rua
Talvez porque fica longe de mim.

Passado

Foste sonho e tentação,

Foste a futura ilusão,

Foste verdade inatingível

E segredo inacessível.

 

Marcaste o meu ser

Deste-me (limitada) razão de viver

Eras pensamento constante

Eras droga - viciante.

 

Na tua voz, a calma

Que ao telefone despertava minh'alma;

As doces palavras correntes

Que me ataram como serpentes.

 

O teu perfume misterioso

Que me deixava num alvoroço

E todas as promessas com que me iludiste

Não são mais que um passado triste

Inquietação

Inquietação

 

Já não cabem mais horas na minha dor,

Mais que o seu corpo era o centro do meu

Que se desmoronava nesta indecisa lágrima

Silenciando o meu sangue com a cegueira do abismo.

 

Pão de sol que me ceva e despe

Nesta incógnita indivisível que cala a morte

Em frente a um céu rasante de almas-negras

Sobre o mar ardente, como golpeassem

O salitre dormente debaixo da sombra branca. 

 

Senti subir a sua mão e descer-me

Até ao deserto de um azul encarcerado.

As leis da Selva – Parte 2

As leis da Selva – Parte 2

 

Os Yanomamis já estavam nesse continente antes dos europeus chegarem aqui. Quando descobertos foram declarados selvagens. São pessoas que vivem nus o dia todo, o tempo todo, e nunca houve um caso de estupro ou de violência sexual entre eles. É que na selva tem leis simples que começa pelo respeito mútuo entre os indivíduos, respeito à vida e respeito à natureza. Quem são de fato os selvagens?

 

Charles Silva

Pages