Se eu morrer primeiro
Autor: António Vicente... on Wednesday, 29 May 2013Se eu morrer primeiro
Plante poesias sob os meus pés
A pedido de um guerrelheiro
Cave o meu túmulo com o que tu
lês
Poetisa com alegria
Cada centímetro da minha cova
Orna-me com poesia
E faça dela a minha roupa
Seja poema
Para os meus ouvidos
E recite cada tema
Dos meus zumbidos
Contém; o teu lacremejar...
Após o velório sorria e diga amém !
Porque hei-de voltar !...
Autor: António Vicente Aposiopese
A chuva trouxe o teu cheiro
Autor: António Vicente... on Wednesday, 29 May 2013Cheirava orquídeas
Com efeito sedativo
A chuva trouxe o teu cheiro
Deixando-me em horas de sono
Gotas no tecto cantava nos meusouvidos
Cantos hiptonizantes como seus
gemidos
Levava o meu corpo no quente do seu forno
Tão lindo dormia eu no colo do seu adorno
Com auxílio do muxixeiro
A chuva trouxe o teu cheiro
Autor: António Vicente Aposiopese
Coisas esquecidas
Autor: CharlesSilva on Wednesday, 29 May 2013Coisas esquecidas
Joguei fora aquela sua escova de dentes, não quero mais vê-la junto da minha pela manhã. Joguei fora as suas roupas antigas, quero minhas gavetas limpas. Joguei fora coisas que esqueceste na minha casa, joguei fora tudo que tinha seu cheiro, sua marca, sua lembrança. Das coisas que esqueceste em minha casa, só uma coisa ainda ficou lá esquecida, eu.
Charles Silva
Ai vem o inverno
Autor: CharlesSilva on Wednesday, 29 May 2013Do direito
Autor: CharlesSilva on Wednesday, 29 May 2013Do direito
Todo mundo tem o direito de decidir com quem quer estar e com quem não quer estar. Com quem quer andar, com quem quer deitar, com quem quer conversar, com quem quer unir, com quem quer dividir. É importante saber discernir sobre tudo com quem se quer, e com quem não se quer envelhecer.
Charles Silva
Pra que palavras
Autor: CharlesSilva on Wednesday, 29 May 2013Pra que palavras
Pra que palavras vãs, pra que discursos inúteis. Quando não convém entender pequenas mensagens, poucas palavras, ou mesmo nenhuma palavra é o que se há pra dizer. Não vale o esforço de quem quer se fazer entender, aos ouvidos daquele que não quer ouvir, ou não quer entender. Então pra que palavras.
Charles Silva
Singrando os mares
Autor: CharlesSilva on Wednesday, 29 May 2013Singrando os mares
Era uma vez um navio preso ao cais, balançando aos ventos e as marés, mas preso ao cais. É da natureza dos navios singrarem o mar. Pesadas correntes prendiam pesadas âncoras ao fundo, mantendo-o sem a liberdade de singra um mar. Mas de repente o capitão acordou, tocou o alarme de convés chamando seus marinheiros. Içar velas, levantar âncoras, gritou pelo rádio seu capitão. Vamos partir, pois é da natureza dos navios e dos marinheiros, singrarem o mar.
Charles Silva
ENTRE “ASPAS”
Autor: Lourdes Ramos on Wednesday, 29 May 2013E las andam aos pares, sempre acompanhadas
N o princípio e no fim de cada citação lá estarão
T udo em evidência é o seu maior lema e dilema
R estam ‘aspas simples’ se houver as “duplicadas”
E m estrangeirismos use itálico, “aspas” ou negrito
A ndam em palavras, frases, expressões do texto escrito
S ão chamadas também “vírgulas dobradas” ou comas
P odem insinuar o oposto do que falam, serão irônicas
A spas servem para isolar tudo que elas encontrarem
S e houver citações sem aspas, do plágio serão sintomas
(Lourdes Ramos)