ANGUSTIA

           ANGUSTIA

Ouço teu silencio estrangular meu riso

Vejo tua sombra roubar meu sono

E até a lucidez desse poeta insano

Delirante em febre desejou o abismo

 

Quantas noites precisarei chorar?

Com essas verdades a violentar meus sonhos

Loucos sorrateiros de verdades em punho

Mutilando o encanto do real ninar

 

E quando o grito eu precisei calar

O teu olhar aflito minha alma transpassou

Como um punhal de fogo, ácido e dor

Dilacerando os planos que eu quis ousar

 

ANGUSTIA

           ANGUSTIA

Ouço teu silencio estrangular meu riso

Vejo tua sombra roubar meu sono

E até a lucidez desse poeta insano

Delirante em febre desejou o abismo

 

Quantas noites precisarei chorar?

Com essas verdades a violentar meus sonhos

Loucos sorrateiros de verdades em punho

Mutilando o encanto do real ninar

 

E quando o grito eu precisei calar

O teu olhar aflito minha alma transpassou

Como um punhal de fogo, ácido e dor

Dilacerando os planos que eu quis ousar

 

OUÇO O TEU CANTAR

(Fragmentos de um Dueto)

A saudade que ora sinto
Parece que aumenta
É um jogo de ir e vir
E Ilumina a nossa aura
E o coração esquente
Como ao tomar vinho tinto

No íntimo do amor sentido
Há escondido um anseio
Perscrutando cada emoção
De um sonho que foi vivido
E que agora é devaneio
No fundo do coração

Em  um sonho idealizado
Quando ao mirar o mar
Com olhar maravilhado
Certeza de voltar a amar

VOO RASANTE

  
     
Encontrar-te
Libertou-me das prisões
Fez de mim obra de arte
Curou minhas emoções
 
Conhecer-te
Transtornou a realidade
E à nova dimensão
Transportou-me
 
De verdade
Estou livre das amarras
Abri portas e porões
Destranquei meu coração
Pude vir a conquistar

Saudade

Na sombra da árvore da saudade
Repousam todos os espíritos em agonia
Sob o frio estridente da realidade
Deste mundo cego de tirania!

A saudade tem o cheiro da flor de begónia
E as entranhas de uma majestosa cidade
Lugar onde se passeia como na Babilónia
De mãos dadas com a ingenuidade…

Nos bosques perdidos da ironia
Onde a saudade alcança a imortalidade
Choram todas as divindades em cerimónia.

Pages