QUEM TE DISSE AMOR
Autor: AMANDU on Monday, 13 May 2013O MUNDO
É UMA PORCARIA
NÃO O VEJO
IGUAL A MIM.
O MUNDO
É UMA PORCARIA
NÃO O VEJO
IGUAL A MIM.
Se você me enxergasse,
Não apenas com o olhar,
E, quem sabe, até deixasse,
Eu bem mais me aproximar.
Se você me reservasse,
Um cantinho do seu coração,
Talvez até eu me atirasse,
De cabeça, numa nova paixão.
Se você não me falasse,
Naquele alguém, naquele antigo amor,
Talvez até eu disfarçasse,
Minha tristeza, a minha dor.
Se você me aceitasse,
(E isso meu coração é quem diz),
Talvez até eu me encontrasse,
E fosse muito mais feliz.
Lerdeza,
Tristeza,
Pobreza,
Desilusão.
Safadeza,
Tereza,
'Punhalou,
Meu coração.
Brincou,
Curtiu,
Zombou,
Do meu carinho.
Trapaceou,
Sacaneou,
Deixou-me,
Tão sozinho.
Desiludido,
Incompreendido,
Fodido,
Eu me vejo.
Desconsolado,
Arrasado,
Tarado,
Pelos seus beijos.
Você pode não ser uma mula,
Mas, votou 04 vezes no Lula.
Acreditou, convicto, na mudança,
Olhou o futuro com muita esperança,
Pensou que o PT era um partido correto,
E que o Brasil, agora, ia dar certo.
Apostou na queda do desemprego,
No aumento de salário e num pouco de sossego,
Com juros baixos e inflação perto de zero,
Comida farta, aluguel barato e outros "leros".
Só que a realidade é bem outra,
E você ficou com cara de trouxa,
Os "mensaleiros" e "sanguessugas" abundaram,
Irmãos, estamos aqui nesta noite,
Reunidos no sublime amor de Cristo,
Livres da espada de fogo e do açoite,
Do demo, do "cão", daquele bicho esquisito.
Como vocês devem estar sabendo,
A igreja passa por uma decaída,
Temos contas a pagar, estamos devendo,
E o caixa da igreja tá na pindaíba.
Estamos contando com sua contribuição,
Para saldarmos, agora, alguns compromissos,
É água, é luz, telefone e sabão,
Minha roupa engomada, meus dentes postiços.
Gente, eu não estou com bravata,
Mas, eu odeio usar gravata!
Aquela feia língua de pano,
Amarrada no meu pescoço,
Às vezes parada, outras, abanando,
E me deixando, assim, tão insosso.
Para uns reflete elegância,
Para outros, pura cafonice,
Nem sob a mais vil arrogância,
Usarei aquela esquisitice.
Talvez pareça ser radical,
Ou mesmo falta de finesse,
Mas, o pobre do meu visual,
Rejeita gravata e agradece.
Para quem gosta, bom proveito,
Meu corpo está sentindo raiva,
Dentro e fora,
Fora e dentro.
A raiva de dentro entende.
A raiva de fora não compreende.
Mas a raiva em si,
Hoje é apenas raiva,
Como ontem, os sons se tornaram música.
Sinto, penso, logo acho que existo.
Vazio, ideia, sentimento.
Fuga, fantasia, mito, acho que está vivo.
Autismo, realismo, ilusões, ambivalências.
Conflito, penso. Sinto que não gosto,
Mas sinto que estou vivo.
Não sei o que é.
Só sei que ainda não sei que sei.
Vida, setas, vida, direções,
Vida certa, vida incerta.
Apenas vida que não sabe que sabe.
Eu morrerei tarde ou cedo...
Serei lembranças ao fim ou medo?
Sozinha sem perda e sem ganho serei apenas estranho...
Com palavras sem era, sem beira e sem rima...
Serei um esquecimento em sua vida?
F.G..
A boca é a mesma que te beija.
O sorriso o mesmo que te cativa.
A pele a mesma que te deseja.
O corpo o mesmo que te sacia.
O ouvir o mesmo que te cela
E o viver... O mesmo que te espera.
F.G.