Gemido profano...

Minha lucidez emerge do gemido profano,
ousado,displicente, renascido qual fênix
das cinzas da insensatez e teimosia,
tal qual um heroi mitico, desperto
semi-homem, semi-deus, mundano... 

Minha lucidez emerge na negação da mesmice,
na rebeldia contra a normose hipnotica
que aprisiona as mentes doentes,comuns sem senso,
na rede dos dogmas, nas manipulações midiáticas.

Minha lucidez emerge quando elimino expectativas

Um brinde a ela.

 

Um brinde a ela.

 

 

Que não exista espaço entre-nos.

Muito menos barreiras.

 

Teus movimentos não param

Fazendo assim também os meus.

Que tenha dia

Mesmo que tenha noite.

 

Que teu tempo tenha musica.

E que eu não pare de cantar.

 

 Eu te darei

Meu sorriso de pureza!  

Darás-Me a tua beleza

Com a certeza de um amor.

 

E a cada movimento seu

Um novo passo meu.

E em cada movimento meu

IMPOSSÍVEL

Pode a mãe esquecer a luz primeira
De seu filho, que vem choroso ao mundo?
Não!... Como pode na aurora vernal,
Deixar em pranto a esguia laranjeira
A flor que dorme seu sono profundo,
Quando não contempla o dia ideal?

Impossível... banir dos sonhos lindos
O gládio que penetrou em minh`alma
E me enfeitiçou, qual uma serpente
Que seus olhos chamejantes abrindo
Encanta a pobre vítima com calma,
E rouba sua vida, de repente.

A POESIA

És tu, és tu o motivo
Da incessante estafa minha.
Para consolar-te eu vivo,
Miserável das rainhas.

Sou vampiro de teu sangue,
Feitiço de nobre efeito;
Eco que me torna langue...
Oh! Rainha do defeito.

Quando teu lume me chama,
Quando desabrocha o amor,
Maldição que em mim se inflama,
Choro contigo na dor.

Vives na infinda pobreza,
Furtas a luz dos clarões.
De quem roubaste a beleza,
Mausoléu dos corações?

A TRAIÇÃO DO TEMPO

 

A TRAIÇÃO DO TEMPO

 

Voaram segundos, minutos e horas;

Dias, semanas e meses galoparam

E os invisíveis anos abalaram...

Enfim, a minha vida foi embora!

 

O tempo partiu e nada tenho agora...

Por tudo o que meus olhos amaram,

Por aquilo que eles não observaram

E jamais verão, a minha alma chora!

 

Lamento não ter feito quase nada,

Quando o tempo ainda vivia comigo

E a querida vida era a minha amada!

 

Agora que o tempo fugiu com a vida,

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