Vez Em Quando
Autor: Maria Arlete on Monday, 29 April 2013
Sim,vez em quando,ainda tento me enganar....
Sim,vez em quando,ainda tento me enganar....
Pode a mãe esquecer a luz primeira
De seu filho, que vem choroso ao mundo?
Não!... Como pode na aurora vernal,
Deixar em pranto a esguia laranjeira
A flor que dorme seu sono profundo,
Quando não contempla o dia ideal?
Impossível... banir dos sonhos lindos
O gládio que penetrou em minh`alma
E me enfeitiçou, qual uma serpente
Que seus olhos chamejantes abrindo
Encanta a pobre vítima com calma,
E rouba sua vida, de repente.
És tu, és tu o motivo
Da incessante estafa minha.
Para consolar-te eu vivo,
Miserável das rainhas.
Sou vampiro de teu sangue,
Feitiço de nobre efeito;
Eco que me torna langue...
Oh! Rainha do defeito.
Quando teu lume me chama,
Quando desabrocha o amor,
Maldição que em mim se inflama,
Choro contigo na dor.
Vives na infinda pobreza,
Furtas a luz dos clarões.
De quem roubaste a beleza,
Mausoléu dos corações?
A TRAIÇÃO DO TEMPO
Voaram segundos, minutos e horas;
Dias, semanas e meses galoparam
E os invisíveis anos abalaram...
Enfim, a minha vida foi embora!
O tempo partiu e nada tenho agora...
Por tudo o que meus olhos amaram,
Por aquilo que eles não observaram
E jamais verão, a minha alma chora!
Lamento não ter feito quase nada,
Quando o tempo ainda vivia comigo
E a querida vida era a minha amada!
Agora que o tempo fugiu com a vida,