MISTERIOSO OLHAR

 

Parei pra ver teus olhos,  um tesouro em  par! 
Ai  de mim! Por que fiz tamanha insensatez?
Esmeraldas lapidadas de raro jaez
Que o bardo  (em segredo) se pôs  a admirar!
 
Pedras raras ofuscando o brilho do luar;
Imenso  oceano, floresta virgem ou  talvez
Tela no infinito pintada   em tua tez
Com o verde do mar, céu azul e luz solar!
 
Olhos que ( entretanto) são  prenhes  de mistério:
Dizem tudo e nada  dizem , transcendem em prece
E ao mesmo tempo  inspiram amor deletério...
 
Misterioso amor  que veio sem  avisar,
(Ainda que jamais  o bardo tanto  confesse)
Do secreto verde-oliva deste teu  olhar!
 

Nelson de Medeiros

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DEUS

                                         DEUS

O DEUS que surpreende, que me ensina sempre.

   Que eu preciso confiar, mesmo sem compreender.

E faz o sol brilhar para mim, inédito outra vez!

 

Autora: Madalena Cordeiro

Devaneio

Teus olhos são a luz
para o meu coração,
é ela que me conduz
quando estou na escuridão

Quando me olham brilham,
mas não sei explicar,
se é minha ilusão
ou se me estás a amar

Se é meu devaneio
quando os vejo brilhar,
espero com anseio
nunca mais acordar

Meu coração chama por ti,
está à espera do teu amor,
só eu sei como sofri,
por não ouvires o seu clamor

Quem me dera

Quem me dera poder o sol agarrar
Contigo dar um salto e à lua chegar

Quem me dera saber na hora de deitar
Se na manhã seguinte irei acordar

Quem me dera viver uma vida diferente
Para me conhecer e me olhar de frente

Quem me dera ser alguém que chegou
Alguém que com o tempo não se apagou

Quem me dera saber o que não sei
Quem me dera querer o que não dei

Quem me dera não ser alguém que não sou
Para poder conhecer os lugares onde vou

ETERNA AMADA

Seja ela um prisco segredo
Para ninguém desvendar.
Que um batel a leve longe,
Junto à beleza do mar.

Sejam seus lábios bonança
Em um mundo de tufão,
Assim, seu ósculo ardente
Seria uma solução.

Que faz palpitar seu seio
Quem dera eu fosse um cantor;
Eu a amo na vanglória,
Seja na fúria ou na dor.

Sou feliz quando seu riso
Tem o brilho desse sol;
E, em seus olhos os condores
Beijam o casto arrebol.

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