PEDIR A DEUS

                                     PEDIR A DEUS

Que Deus cuide de você com carinho, que indique o melhor caminho.

Que te ensine o verdadeiro amor, que te perdoe quando preciso for.

Que Deus te dê asas pra voar, nos seus sonhos ajude a pousar.

Mas que te mostre a realidade que tiver que enfrentar.

Que Deus te dê forças para encarar tudo que não tiver como mudar.

Que te dê saúde, que seu coração nunca mude, e que ao envelhcer você possa dizer que a sua maior felicidade foi viver.

 

Autora: Madalena Cordeiro

 

Sei te Amar

 

Sei te amar de tanto te querer

E querer-te emoldurar nos meus olhos

E fazer dos teus, espelhos

E refletir o brilho

Que o amor nos traz.

 

Sei te amar pelo tempo afora,

Pela vida inteira,

Te esperei sem sentir

Me esperaste sem saber;

O que o amor não faz?

 

Sei te amar assim, sem motivo,

Sem razão nem sentido.

Mas te sinto bem aqui

Mesmo quando estás pra lá

Penso em ti, por isso te sei.

 

Sei te amar

Porque foste tu

Quem me ensinou.

 

Química

 

Eis que parto!

Não sei se quebro,

Não sei se paro,

Mas parto mesmo assim.

 

Vou para uma terra longínqua,

Uma terra distante

Que nem sei mesmo se terra é.

Que nem sei se mundo existe.

Parto, sem saber o que será de mim.

 

Se haverá um eu,

Se haverá um chão.

Mas haverá um céu,

Haverá um norte

E certamente haverá multidão!

 

Não sintam saudade de mim!

Retorno ao reino atômico.

E quando átomos tornarem a ser,

Abraçarei a todos

Passagem

 

O que trago da vida até aqui

É um carro desgovernado numa autoestrada:

Não preciso de freio,

Não preciso de cinto de segurança,

Quero apenas me arriscar um pouco mais a cada dia.

 

Não tenho mais medo de errar

-Acertar não é mais fácil que isso!

Só peço que me perdoem, não que me entendam

Nem eu mesmo tento fazer isso

-É muito tempo para perder à toa.

 

Tanto faz se prestam atenção em mim,

Eu não sou um quadro, um filme talvez,

Não me pretendo inesquecível,

Para Celebrar a Vida

 

Para celebrar a vida

Não precisa de bolo, vela e parabéns

-Se bem que ainda tem muitos loucos

Que teimam em vir a esse mundo

Todos os dias;

Mas o que é a loucura senão

O sereno auge da ingenuidade?

 

Para celebrar a vida

Abra um sorriso

Como se descortinasse o sol,

Festeje os amigos,

Ame,

Se apaixone, até!

-Se puder, apenas ame!

Paixão também é loucura,

Um temporal que estraga tudo

E vai embora...

 

Mas o céu torna a azular-se

ESTA CHUVA

 

Esta chuva, que me molha o rosto
Esta água de ontem,

Que hoje retorna de tantas origens
De um rio longínquo,

Bebido pelo ar a caminho do mar
De um corpo suado por um sol ardente

De um trabalho mal pago
De um charco que a terra abrigou,

Que se evaporou e em chuva voltou
De lágrimas de dor,

De alegria, de raiva, de riso,

De olhos cansados.
De tantas origens me chega esta chuva,

QUERO SER

 

Quero ser o teu caminho

E amar-te

No sublime altar

Da minha alma

Percorrer as planícies

Do teu corpo

Adormecer em ti

Com doce calma.

 

Quero viajar

Nos teus caminhos

Que percorres só

Atormentada

Quero ser o rio

Onde tu lavas

As feridas que em ti sangram…

Minha amada.

 

Quero ser o mar

Onde navegues

Em águas calmas

E serenas

Quero ser o porto

Onde te abrigues

Quero ser a liberdade…

Para as tuas penas.

Ombros de verão

Fala para mim do par que descortinava segredos
Na avaria de raciocínio com fragatas do uso de fundir-se,
Fala das profanidades coleadas pelas poesias montesinas
Liadas em cimalhas de ripas pisadas na agudeza mítica
De todas as boas juras nossas.

Em vão trincaste-me a mim e em vão trinquei-te a ti,
Decerto houve o emergir dum
No submergir doutro,
Decerto não!
Quem em dor do decepar viu sua cabeça primeiro?
O dizer fogo marroquim afigura a culpa?

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