conte-me

vou te fazer apenas uma pergunta

para que não se esqueças jamais

de quanto nós dois temos a nos questionar:

naquele dia

em que estávamos lá,

estavas tu a me desejar?

 

pois posso te dizer sem redenção,

prazer maior que esse não há

em seus olhos poder ver

que tu não sabes mentir

e que não vais poder

a mim resistir

 

vamos então

sem medo nos amar

por horas a fio

ver o tempo passar

enredados em toques amistosos

carícias despertas

a pergunta

   Por dias e dias ele se fazia apenas uma pergunta. Já não mais interessava quando, nem onde havia sido a última noite em que eles estiveram juntos, nem porque, ele não se lembrava apenas e não gastaria nem mais um minuto a perguntar-se aquilo que a memória deveria presentear-lhe. Mas aquela dúvida sim. O perseguiria por toda a vida, talvez.

Lua...

Lua que no céu te ergues
nas noites embriagadas de solidão
trazes melodias de encanto
ao silêncio da escuridão...
Esculpes em sombras os sonhos
do amante enamorado
que da tua luz alimenta
o doce sabor do pecado...
Na silhueta das horas
fica o mundo aos teus pés
abraçado no mistério
de nunca saber quem és...

Ártemis

Posso amar de verdade

Posso amar de verdade
Quando ao lado estiver de alguém
Que me faça feliz
Da mesma forma
Que pretendo fazer

Pode haver barreiras
Mas os desejos são maiores
Nada pode impedir
Que a felicidade
Se manifeste

Posso amar de verdade
Se a pessoa não fizer de conta
Que me ama
Cedo ou tarde
A verdade aparece
E a falsidade jamais se esquece

Autor José adão Ribeiro.
http://www.joseadaosentirempoesia.recantodasletras.com.br

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