LUA NOVA VESTAL
Autor: Eron Villar on Saturday, 9 February 2013Mais um poema do livro Lua Olhos Negros e Serpentes, publicado por esta editora e a venda aqui:
http://poesiafaclube.com/store
Mais um poema do livro Lua Olhos Negros e Serpentes, publicado por esta editora e a venda aqui:
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Errata
Ele não descansou
No sétimo dia.
Não sem antes
Terminar "Tabacaria".
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Peleja
A precisão de cada palavra
Serão golpes profundos de estilete
Nessa carnificina solitária
Que o leitor beba deste sangue,
Minha poesia lavada nesse olhar.
Quero ser assim, maníaco
E sem graça para o vulgar.
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Bolo da Vida
Já me cansei
De ser a cereja do seu bolo
Não sou enfeite
Não sou bobo.
Escrito em 7-5-1914
Um renque de árvores lá longe, lá para a encosta.
Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol.
Ambos existem; cada um como é.
Meu Ocaso, minha irmã, meu sono...
Dei-me a beber.
Sou menos meu e mais do outro.
Como adivinharia os dedos por trás do mundo?
Depois de ti varreram-me o azul dos dias.
Tenho demasiada Europa derramada sobre mim...
Já não posso voltar.
Sinto-me banido.
Depois de um deserto vem outro.
Atrás de um Inferno, Outro.
Estou doente,
faz frio dentro de mim.
Esta é a forma fêmea:
dos pés à cabeça dela exala um halo divino,
ela atrai com ardente
e irrecusável poder de atração,
eu me sinto sugado pelo seu respirar
como se eu não fosse mais
que um indefeso vapor
e, a não ser ela e eu, tudo se põe de lado
— artes, letras, tempos, religiões,
o que na terra é sólido e visível,
e o que do céu se esperava
e do inferno se temia,
tudo termina:
estranhos filamentos e renovos
incontroláveis vêm à tona dela,
e a acção correspondente