Solidão
Autor: Luis Filipe Ginja on Sunday, 3 February 2013
A Solidão ... É um Mundo...
A Solidão ... É um Mundo...
FUMO NO AR... LÁGRIMAS QUE MORREM,
SALTAM DO CORPO, REBENTAM A ALMA,
TIVE UM SONHO... SONHEI, SONHEI,
E NESSE SONHO... ONDE FIQUEI?
HUMM... UM FÓSFORO, ALGUMA LUZ...PAPEL...UM LUGAR PARA ONDE IR,
DECLINO A CABEÇA, FECHO OS OLHOS... E,
MAIS UMA NOITE... NA MENTE, NO ESPAÇO,
O QUE ME DEIXAS ? QUANDO CAMINHAS...
PASSOU ALGUM TEMPO,
Há uma tristeza tão grande
nas estantes vazias,
como se partidas,
as ideias tivessem
sumido no Mundo
que resta apenas
a desolação
em mogno preto.
O cheiro de abandono
percorre os corredores
como um fantasma
descrente da própria morte.
E ainda que todos
os adjetivos, verbos e advérbios
tenham impregnado as paredes,
sabe-se que a poesia acabou.
A enseada de Botafogo
que um Naif em vão tenta recriar
perde a cor aos poucos;
a face, cada vez mais pálida,
Amo quem amo,
és o meu verdadeiro amor,
ao que sinto chamo
a minha perpétua dor
Dói tanto saber
dói só de pensar
que nunca te vou ter
nem tua boca beijar
Acabou-se a minha calma
sinto falta de te ver
alimenta a minha alma
nem que seja para sofrer
Quero-te e não te posso ter
amo-te, mas não devia amar
o coração escolheu sem ver
e agora é tarde para mudar