CIDADE

 

Sou um efêmero e não muito descontente cidadão de uma metrópole que

julgam moderna porque todo estilo conhecido foi excluído das mobílias e do

exterior das casas bem como do plano da cidade. Aqui você não nota rastros

de nenhum monumento de superstição. A moral e a língua estão reduzidas às

expressões mais simples, enfim! Estes milhões de pessoas que nem têm

necessidade de se conhecer levam a educação, o trabalho e a velhice de um

modo tão igual que sua expectativa de vida é muitas vezes mais curta do que

AS PONTES

 

Céus de cristal gris. Bizarro desenho de pontes, estas retas, aquelas em arco,

outras descendo em ângulos oblíquos sobre as primeiras, e essas figuras se

renovam nos outros circuitos iluminados do canal, mas todas tão longas e

EM BUSCA DE UM ENCONTRO

O meu amor é terra seca sem a flor
Quando ela não me quer...
É um vaso sem beleza
É andar com um só pé

Quero amar quando quiser
Mas dependo dela, sim
Ao meu lado, sem um fim
Serei seu, se o Mundo der

A este coitado, tão pedinte
Esperando o seu querer
Este bandido solitário
Em busca de você...

*www.prsantosmissao.blogspot.com

Apagão

 

É comum o sapo morrer na lagoa.
O mendigo comer lixo na sarjeta 
O tráfico de entorpecentes nas escolas, 
A fila quilométrica do INSS fazendo curva na rua estreita
O moleque desde a tenra idade viciado em cola.

É comum a violência subjugar a lei. 
A mãe com uma “penca” de filhos no semáforo pedindo esmolas 
O inocente ser refém da mesma grei,
Os filhos desesperados do desemprego 
os escravos das drogas.

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