VIVER PLENAMENTE
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Tuesday, 16 August 2022
sou o que
não restringe a aptidão
de viver plenamente
sou o êxodo da existência
que paira no ventre das nuvens
solto no galope da ventania
fiel à certeza
que em mim recompôs
a compostura de homem/húmus
fincado na imprecisão
e gerindo a própria razão
com extenuo esforço
arremessando para longe
as maldições
que me abstenho de carregar
poemas da razão
Autor: António Tê Santos on Sunday, 14 August 2022as narrativas que vou escrevendo possuem uma inusitada ventura que orienta as minhas reflexões; que transborda das profusas quimeras que renovam o ar que respiro; que deriva para o oceano assombroso onde entorno a minha poesia.
Progênito
Autor: Reirazinho on Sunday, 14 August 2022Criador das circunstâncias
Estarei aqui quando partir.
Para criar novas mazelas,
Gozarão da vida e sumir.
É uma pena que seja assim,
Eu te amo, mas a morte, não.
Criar é matar, existir implica sorrir,
Porém, o brilho do afago apaga.
A quem escrevo está presente
Permanente na torrente:
Na cachoeira é existente.
A pedra no caminho é o acaso
E o estrondo no solo: o tempo
A nadar no naufrágio da morte.
poemas da razão
Autor: António Tê Santos on Saturday, 13 August 2022lembro as mágoas saídas do meu pranto que eu ia declamando para toda a gente; lembro as tertúlias maldizentes onde eu linguarejava como um arlequim; lembro o meu vínculo aos desgrenhados lugares onde fluía um comércio indecoroso.
Nostalgia morta
Autor: Reirazinho on Saturday, 13 August 2022A nostalgia é uma mentira
Adornamos de boas lembranças
Só que no interior há o caos
Memórias são em tom de arco-íris
Pinceladas pela falta da lívida cor
Recordamos de um filme sem o final
O roteiro é quebrado e o diretor sumiu
Uma límpida tristeza é lembrar
Detesto o que já foi e o que virá
Sinto-me preso em um torreão
Escuro, gélido e sem soldados
E o ataque ao fronte é a nostalgia
Minha infância abaixo dos laranjais
FOCO CENTRADO
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Saturday, 13 August 2022poemas da razão
Autor: António Tê Santos on Friday, 12 August 2022outrora as paixões invadiam-me com as suas danças frenéticas e as suas extravagâncias: serpeava a juventude no fulcro da minha desilusão; os meus sentimentos era vassourados pela acutilância da incivilidade.





