Eu tenho um coração que ama fácil,
De verdade e com intensidade,
Mas foram sempre amores fracassados
Que me disseram "Eu te amo "

Guarda che delusione:
Sognare che io sono una principessa
E lui è un principe,
E 'un castello di sabbia

Estou aqui na praia no carnaval
Tomando banho de mar,
A manhã apenas começou
Sem quem eu quero amar.

Descobri que há um tempo atrás eu era apenas uma boneca....

Sei que você não me ama,
Nesse mundo ninguém mais me engana,
Sou apenas um brinquedo;

Quero ouvir contigo
O canto dos pássaros,
Quero estar contigo
No sol da manhã.

                                                    “Tantos… Tantos”

Tantos rios se cruzaram!

Caminhos, tantos… Contai-os…

Tantos olhos se falaram

De amores e ódios… Deixai-os

Tantas águas se encontraram

Puras e sujas… Olhai-as!

Respeita a foice a espiga verde ainda;
    Sem medo da vindima, o estio inteiro,
    Bebe o pampano as lagrimas da aurora:
    E eu verde como a espiga, tenra e linda
    Como o pampano, hei-de morrer? não quero:
            Quero, mas não por ora!

    Talvez que a outrem, morte, grata fosses.
    Espero! Embora em lagrimas me lave,
    Varre-me o norte a mim a face? inclino-a.
    Se ha dias tristes, ai! ha-os tão dôces...
    Sem amargo, que mel, por mais suave
            Que mar, em paz continua?

In vino veritas

Quando eu morrer, ninguem lerá no craneo
      Se eu fui mouro ou judeu,
Se presava o _cognac_ ou o _Madeira_,
      Que soffrer foi o meu!

Ninguem dirá se era trigueiro ou louro,
      Se eu fui Pope ou Camões,
E os sabios não dirão, coçando a calva,
      A côr dos meus calções.

Não saberão dizer se foi a pipa
      O hotel em que vivi,
E se fazia sol ou aguaceiros
      No dia em que nasci.