VERÃO VERANEIO

 

 

i.                                                                                                                                                               

se outrora o verão

fosse anfitrião deste tempo

e se houvesse um mínimo

de acalanto e  mimo

decerto não seria coadjuvante

 

ii.

seria protagonista

[com êxito e alento]

do plácido encanto da paisagem

que instaurou o disperso sereno

antes que se condensasse  

sobre folhas improváveis

 

iii.

Natureza humana

Catequizar as emoções
Canalizar a fé adequada
Cativar as lições esperadas
Nas escolas primordiais do amor
Os professores
E todo tipo de senhoria ou menestréis
Adquirir saber
Combater o cadernos em branco
Coração sem escrita
Mente aflita
O grito que não alcança sonoridade
Desejada
Nem boca acariciada
Palavras duras não socorrem ninguém
As oportunas pragas do Egito
Castigou os não oficias do bem
O doce tem gosto amargo
Saborear não convém
Homens do mundo de mentes rasas

De viés para a solidão

Em diagonal e quase de viés o tempo confina um
Oblíquo silêncio imaturo, desenfreado e tão inseguro
A luz ofuscada desata os nós a um breu fiel e maduro
 
De viés todos os segundos dominam uma hora prenhe e lasciva
Olhem como se esconde aquela escuridão intima e possessiva

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