A Teodoro de Banville
Autor: Baudelaire on Sunday, 25 November 2012Por tal modo agarraste a Deusa pela crina,
	Com ar dominador, num gesto sacudido
	Que se alguém presenceia o caso acontecido
	Poderia julgar-te um rufião de esquina.
	Com o límpido olhar, — precoce e ardente vista,
	Audaz, vais expandido o orgulho de arquitecto
	Em nobres produções, de traço tão correcto,
	Que deixam futurar um prodigioso artista.
	O nosso sangue, Poeta, esvai-se dia a dia!...
	Acaso, do Centauro, a túnica sombria,
	— Qie e, fúnebres caudais as velas transformava —
