Em wagon
Autor: Augusto Gil on Sunday, 18 November 2012A chaminé vomita fumarada.
	A machina assobia: parto emfim.
	Na _gare_, ao longe, a minha namorada
	Agita o lenço branco para mim.
	Como rectas traçadas a namkim,
	Sobre um fundo ceruleo de aguada,
	Vejo no espaço nitidas, assim,
	As linhas telegraphicas da estrada.
	O sol, hostia de luz resplandecente,
	Vae-se elevando gloriosamente
	Na abobada vastissima dos ceus
	E dois choupos batidos pelo vento
	Curvam-se num ligeiro cumprimento,
	Cerimoniosos, a dizer-me adeus...
