A indiferença do presente

 

O universo flui no seu devir

Indiferente aos constrangimentos

Que cada mudança acalenta.

Segue pacificamente o seu rumo,

Convicto da sua missão a cumprir.

E no despertar de cada manhã,

Ou no seu entardecer,

Amavelmente nos presenteia …

Com a ternura da sua beleza,

Mesclada na infinidade…

Da panóplia de tonalidades,

De emoções sentidas e vividas

E de movimentos circunstanciados,

Que com os seus braços nos abraçam,

Proporcionando o conforto desejado.

Na sua missão mais pura

um visceral discernimento

os poetas padecem os solavancos da vida para depois lhes justaporem os antídotos cáusticos que reverberam as suas vigorosas objeções; congregam nos seus reflexos as impressões geradas pela textura dos seus anseios; introduzem nos seus refúgios os enlaces de salubres pensamentos.

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