Amor de verão
Autor: Agostinha Monteiro on Monday, 16 August 2021
No teu olhar podemos ver
Um infinito amor a crescer,
Onde a luz do sol faz brilhar
O azul do mar do teu olhar.
Juntos na praia nos deleitamos
Em carícias e beijos contidos,
Ao som das ondas navegamos
Num amor platónico envolvidos,
E renitentes nos evitamos
Para não causar maiores perigos.
Mas o amor é puro veneno
Que nos entorpece a razão
E quando o sentimos em pleno
Damos conta que já passou o verão.
Resta-me somente a sensação
Eu te amo
Autor: WILSON CORDEIRO... on Monday, 16 August 2021Eu te amo
enfrento fronteiras para te encontrar
perímetros urbanos não hei de calcular
espaço e tempo na memória
a matemática nestas estradas pode faltar
Eu te amo
as piores distancias
nenhum peregrino ousou caminhar
ousadia minha , meu amor por ti
ao mundo revelar
Eu te amo
mas quero sentir
toda a caricia do vento, tua ausência suavizar
no expresso mais pequeno desta nação
distancias animalescas a te reencontrar
um visceral discernimento
Autor: António Tê Santos on Sunday, 15 August 2021a fantasia esgota-se nas futilidades citadinas onde a solidão se torna insuportável; remove-se das assembleias onde se discutem os nutrimentos do dia-a-dia; dissolve-se nas sevícias mundanas.
Ressurreição
Autor: Reirazinho on Sunday, 15 August 2021Eu não irei voltar! Não volto ao refúgio carnal que de seu asilo trancafiou-me. Quase um século de volúpia contra meu prazer, cativando a soberba do ego; décadas de ignomínia sob o solo dos ratos beirando minha masmorra. Bastardos do rei, poderoso rei, vilipendiou-me nas frestas da esperança, quando vosso austero coração derretia conforme o batimento de teu filho queimava na peremptória piedade não atendida. Afogado pelo sangue opressivo que cachoava, infelizmente, meu funesto corpo; o mar vermelho de minhas entranhas banha o sol como a vertigem de marte.
Peixe
Autor: WILSON CORDEIRO... on Sunday, 15 August 2021Eu conheço bem a amargura
condutora lacrimal
é a salinidade da vida!
Um par de botas desgastadas
Obriga a rota repensar
Rio particular , meu aquário ,
Não ensina
Os atalhos da luz.
Conhecer a dor
Dentro e fora deste casulo
Um pinguinho de bem
Distante da amargura lacrimais .
Conheço o sal destes dias!
Recordo a criança
E seu mundo sem abalos.
Era assim, antes das botas desgastadas
De percorrer léguas ciganas
Havia felicidade
Na vida de aprendiz.
Os que partiram
Autor: Frederico De Castro on Saturday, 14 August 2021um visceral discernimento
Autor: António Tê Santos on Friday, 13 August 2021onde reencontrar a textura clássica do sentimento? nas querelas dum pássaro que adeja nos enevoados céus da imperfeição? ou nas emoções dum desertor que aprofunda a sua alma recolhido numa caverna?
À mesma hora...no mesmo lugar
Autor: Frederico De Castro on Friday, 13 August 2021Minha fada
Autor: WILSON CORDEIRO... on Thursday, 12 August 2021Encabula minha fada
Minha alma tão deprimente
de pensar nas tristes horas tão ausente
Em amar a minha amada eternamente
Emudece minha fala
minha calma , meu calor tão carente
Em ver a chuva da minha janela ,
e saber que alegremente ,
Só as flores e as sementes
Desperta minha fada !
minha ternura insensata
de sentir meus dentes rangerem
no intenso frio da madruga