Pela maré da vida

Por vales eu vou derramar as pedras do passado e criar o monumento do futuro . 

Como um obelisco , uma pirâmide dos tempos antigos , criar novos caminhos e encontrar incriveis amigos . 

Como toda a certeza eu sei , que estou a levar o rumo que sempre levei , vindo do coração e fora da maré .

A alma de um escritor é a que tem mais fé .

Fé na acção e no pensamento , mergulhar na propria sombra e evoluir no crescimento .

Libertar das correntes , navegar por mil correntes e criar os arquipelagos dos mais  belos e momentos contentes . 

É

É ver o circo pegar fogo.
É um composto religioso.
É viver e esquecer que este mar é grandioso.
É saber que muita coisa na vida é demagogo.
Homem carnal que torna o
Espírito santo criminoso
Ardiloso e sem diálogo
É viver sempre a pé
De modo danoso
Com o maltratado povo.
Tem irmão que não é caridoso.
Santificado é o teu grande nome.
Mas o homem também é criminoso .
Via Crucis também hoje ,
Matam sonhos a todo instante
O que diria Gandhi,
No meio desta gente

O beijo

Quando te pedi um beijo,
Nada teve de inocente.
Levava em si o ensejo
De efetivar o desejo
Que ao amor é inerente

Pode ser um beijo esquivo,
Ou um desses que provoca
Um arrepio lascivo,
Que fique eterno, cativo
Dos beijos da tua boca.

Poema

O poema sente-se quando arrepia:

O eco, pelo fundo do corpo, ressoa!

Acabando como sussurro no ouvido

Enquanto, à varanda, o gato espia:

Na rua, vazia, surdos passos de Pessoa?

Sem sentido?

Nenhuma rima acaba com a vida!

Quando, em cada verso, se perde a medida.

Calçada

Uma passagem pública que  não impede
A monotonia popular
Ressignificar
Tomada de decisão  acionada
No  coração humano
Em ânimo não se pode agradar !
Populares  não deixem de se achegar !
A divina comédia humana
Poderemos
O derradeiro ato encenar
Pode a qualquer momento as cortinas descerem
Deixemos Dante
Vamos avante
A vida tem outros espetáculos
Informe se querido leitor
Mas esqueça por um momento
A fórmula da dor
Mudemos o curso deste rio .

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