SOU UM CORPO CAÍDO

Sou um corpo caído no chão
Num coração seco de alma vazia
Que esconde as mágoas da vida
 
Sou um corpo deixado no chão
Entre as traições e desilusões
Sombras que a vida deixou no profundo
 
Desgosto marcado dos sonhos perdidos
Sou um corpo preso com cadeado
Com a alma magoada algemada de insónias
 
Das carícias perdidas nas noites esquecidas
Sou um corpo torturado pelas insónias

SOU O MEU PRÓPRIO

Sou o meu próprio carrasco
Despojada de palavras lidas
Num livro jamais escrito
De sonhos gigantes 
 
Nos confins da alma
Fazendo dos nãos talvez sins
Limites de alguns instantes
Letras cativas de solidão
 
Busquei na procura das virgulas
Perdidas dos que se desejam
Nas carnais sensações que despertam
As palavras despidas de desejo
 
Carrasco de corpos sôfrego de letras

Atuação


Senhor
perdoe as minhas intransigências espirituais
no papel de humano...
Humano,humano mesmo...
Não desejo o pecado que passa e deseja ficar para
enfraquecer  minha coragem de aprendiz
Peço ainda que ajude minha fé adormecida a acordar !
Senhor, me ajude a ter sangue frio
Nas veias em ebulição...
Por favor, além das bondades já concedidas, a mim
Na estadia singela da incompreensão gigantesca que também tenho

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