A CANETA DA ALMA

A CANETA DA ALMA

-a pena que delineia o amor-

 

Autor: Raimundo A. Corado.

Barreiras, 03 de outubro de 2017.

 

Amor é gesto que a alma descreve;

Diante de tudo que fizemos um dia;

É a palavra que sua caneta escreve;

Sua letra é abstrata, ninguém copia.

 

O coração dita o que a alma escreve;

O poeta converte em simples poesia;

Interpretando a alma com sua verve;

Dando ao triste o leve tom de alegria.

 

Cada alma tem um jeito de escrever;

A FIGURA DO VAQUEIRO

A FIGURA DO VAQUEIRO

-a escacez da função e seus arreios-

 

Autor: Raimundo A. Corado

Barreiras, 28 de agosto de 2016.

 

O vaqueiro é semi-extinta profissão;

Os arreios muito pouco a gente vê;

Aqueles nascidos na última geração;

Só saberão disse, se ouvirem dizer.

 

Cadê a Polda, a potranca saltadeira;

Sob açoite do vaqueiro amansador?

Usando uma afiada espora furadeira;

A bride, chicote feito de reio batedor.

 

Arreios de campo há tempo já sumiu;

AGUA POTÁVEL

ÁGUA POTÁVEL

-tratemos bem – o que abunda não prejudica-

 

Autor: Raimundo A. Corado

Barreiras, 22 de março de 2017

 

Água potável que a sede sacia;

Tudo farei para tê-la despoluída;

Posto que a beberei por todo dia;

Inevitavelmente, ao bem da vida.

 

Leitos que dos obstáculos desvia;

Águas cujo nível está na descida;

Águas que a sede da planta alivia;

Águas que trazem a arvore florida.

 

Água insossa, é inodora e incolor;

Tua ausência provoca grande dor;

A CAVEIRA

A CAVEIRA

-neste estágio, todos nos igualamos-

 

Autor: Raimundo A. Corado

Barreiras, 13 de março de 2014.

 

Nessa nossa vida tudo passa;

O final cedo ou tarde chegar

Não há “milagre” que se faça;

Terá fim e a matéria “esgotará”.

 

Tudo na terra tem fim, perece;

Tudo tem seu dia e a sua hora;

O ser humano é mortal, falece;

E nossa alma se desincorpora.

 

Vamos de pessoas a defuntos;

Na gíria do bandido, presunto;

Eis o triste fim dos nossos dias.

 

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