Pingo de nada
Autor: WILSON CORDEIRO... on Friday, 10 April 2020
Sou um pingo de nada
enaltecido de horrores
meu grito insano
clama por socorro
acrescento um império à minha reputação através das minudências que expulsam as minhas angústias: são horas fecundas em que eu lego ao mundo as iguarias do meu isolamento; são tarefas conspícuas que dilatam a extravagância das minhas atuações.
inscrevo na memória as palavras mudadas em versos na crosta duma evolução que perscruta a formosura: é a criatividade que vai demolindo os obstáculos que me atordoam; é o raciocínio que vai circunscrevendo a praça das minhas emoções.