Tempos de Solidão

Tempos de solidão

O tempo passa devagar e eu espero por ti, os meus braços correm para o mar e abraçam a solidão.

O mar imenso dilui-se na noite e a minha esperança fica envolta num silêncio sem fim.

A água do nosso rio corre devagar acompanhado as horas infinitas do meu pensar enquanto te vejo caminhar ao longe sem nunca chegares.

A minha solidão voa por cima do mar, cai com a chuva, caminha por prados e campos, vagueia pelo céu e recolhe-se de noite no meu velho quarto.

Ó DA BARCA!

Ó DA BARCA!

Numa das mais quentes tardes de Verão, percorro estradas serpenteadas entre pequenas montanhas, com aldeias escondidas na Mãe Natureza, e chego à Capital do Xisto – Janeiro de Cima (Fundão).

Todos os primeiros domingos de Agosto misturam-se vozes portuguesas, francesas, espanholas e até brasileiras. De manhã reúnem-se na Praia Fluvial e fazem uma Caminhada junto às margens do Rio Zêzere, veredas que antigamente os mais velhos seguiam para chegar à sede do Concelho do Fundão ou se deslocarem para as Minas da Panasqueira.

Homenagem à nossa querida Rosa

Homenagem à nossa querida Rosa

A Rosa chegava com um sorriso que nos alegrava, num pequeno instante as nossas tristezas acabavam.

A sua vontade de viver contagiava os nossos corações, no seu peito corriam rios de compaixão que distribuía sob forma de pequenos queijos frescos que nos alimentavam a alma.

Se não tocava na nossa porta ficávamos mais pobres. O seu sorriso chegava com o entardecer, se não vinha todos nós sentíamos a sua falta, que falta nos faz a Rosa.

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