Morte no dia de tua morte

que horas sao agora em que dia estamos podemos sentir nas veias o soro do amanha

sabemos que tudos e de acordo com o que queremos

viva o brasil viva 

viva ao abrir os olhos,estamos a um grito de ser expulsos do paraiso

cervejas esqueçam,brindaremos ao um novo amanhecer

as meninas e seus corpos.

24 horas em um leito de hospital pessoas e seus gemidos

2018 e nada de copa do mundo.

estamos prontos e perdidos numa esquina deste pais procurando vitimas e sangue puro

apenas uma gota.que venha no  samba na voz do zeca pagodinho

Nossa Sociedade está doente.

Nossa sociedade está doente
E é grave a doença que a assola.
Mata um piá a caminho da escola.
Mal estar, nojo e revolta a gente sente.
Ver soldado jorrar sangue inocente...
Triste ver bala perdida encontrar
Alguém no espaço sagrado do Lar.
Sociedade que elimina a mulher
Com tiros ou de outra forma qualquer.
Precisamos reaprender a amar.

O Carlos e os Pombos

O Carlos e os Pombos

Desço ao piso -1 e entro no quatro 1 do Hospital da Universidade de Coimbra.

Toco suavemente nos pés do meu amigo Carlos. Ele acorda repentinamente, levanta o tronco e num ato reflexo olha para mim e fica em alerta vermelho! digo-lhe sorrindo:

- A Guerra de Angola já acabou não estás a ver o inimigo, se eu fosse o inimigo já estavas a falar com o São Pedro.

– Nem me lembres disso.

Rimos.

Mensagem dentro de uma garrafa

Dentro de mim é um mar de águas calmas,

Que só revelam agora os destroços dos navios que naufragaram na tempestade de ontem.

 

Fechou meus olhos e vejo a maré baixar.

Mais naus destruídas aparecem,

De anos passados

Encobertas por um mar límpido.

 

Os destroços pontiagudos

Eram de uma boa nação

Que investiu em novas descobertas

E nada descobriu senão a ruína de sua volúpia

De tudo querer descobrir.

 

Eis meu Mar de Camões

Cujo sal é das lágrimas

Não de Portugal

ESQUECIDA

ESQUECIDA

Canto a história de um pranto
Nascido e vivido de um canto…
Por momentos julgado,
Mas amado…

Naquele dia… tarde… dois…
Novembro, sol de Abril…

Foi o choro, o grito e a angústia….
Pelo amor e a dor do medo da partida,
Que gritei como quem está só.

A dor e o tempo no vento dos lábios
Derramado num manto de lágrimas…
Branco como tu branca, e eu…?
Eu assim fiquei…

Caminhada…, ida… recordada…

AS CRIANÇAS

AS CRIANÇAS

 

A Matilde tem cinco anos e tem um irmão com oito, que já treina hóquei em patins, e sonha assemelhar-se um dia a um Vaz Guedes, Adrião ou Livramento. Para quem não se recorda, eram os Ronaldos do hóquei português nas décadas de cinquenta e sessenta. Estes jogadores, com o stick e a bola pequenina e redondinha, infligiam goleadas aos “nuestros hermanos,” ganhando-lhes sucessivas taças e campeonatos europeus e mundiais.

TEU NOME VOU BALBUCIAR...

TEU NOME VOU BALBUCIAR...

QUANDO ESTIVER AO SEU LADO.

VOU QUERER E...NÃO FALAR...

QUE EU SOU SEU NAMORADO!

 

QUE ÉS O AMOR DA MINHA VIDA...

MAS EU NÃO POSSO DIZER.

NOSSA UNIÃO É PROIBIDA...

NO ENTANTO...AMO VOCE!

 

VOU FICAR CALADO SIM...

EM DIZER O QUE ÉS PRA MIM...

PROMETO...NÃO VOU FALAR.

 

E A FESTA NÃO VOU FALTAR...

E QUANDO VOCE ME OLHAR...

SEU NOME VOU BALBUCIAR!

 

(Autor: Divacy Lemos) 

ZERO HORA...

MEU AMOR, É ZERO HORA,

JÁ É PLENA A MADRUGADA.

ESTOU SOZINHO AGORA...

PENSANDO EM TI MINHA AMADA!

 

LEMBRO O TEU JEITO LINDO...

QUANDO À ME PROVOCAR...

DE SUA ROUPA SE DESPINDO...

NO MOMENTO DE TE AMAR!

 

LEMBRO VOCE MURMURANDO...

EM SUSSURROS ME FALANDO...

DIZENDO...ME BEIJA AMOR!

 

FECHO OS OLHOS...VOU SONHANDO...

CONTIGO AMOR, ME BEIJANDO...

DO SEU CORPO SEDUTOR!!!

 

(Autor: Divacy Lemos)

PISCINA..

QUEBRARAM NOSSA PISCINA...

FAZ QUATRO ANOS SENHOR.

AQUI A MINHA MENINA...

DIVERSAS VEZES NADOU!

 

ERA SEMPRE TÃO BONITO...

ESSE ESPAÇO POVOADO...

DE CRIANÇAS, OUVIA-SE O GRITO...

ERA FELIZ O ALUNADO!

 

HOJE ESTÁ ABANDONADA...

A ESTRUTURA DEPREDADA...

E ÁGUA SUJA PARADA!

 

E O PODER MUNICIPAL...

À CRIANÇA FAZ O MAL...

COM ESSA PISCINA QUEBRADA!

 

(Autor: Divacy Lemos)

Pages