Haverá modelo para tudo ou fica algo para ser por nós moldado?
Haverá simples novelo?
Modelo?
Para ser adotado?
Tudo!
Ou passaremos bem sem escudo?
Fica o molde de lado!
Algo por escrever?
Para depois ser recordado!
Ser!?
Por um sentido desenleado,
Nós a viver:
Moldado!
Haverá modelo?
Novelo!
Para tudo?
Escudo?
Fica por escrever?
Algo de lado!
Para ser?
Por viver?
Nós: desenleado!
Recordado?
Moldado!
surgirá de surpresa, palavra feita ou de rima comedida, lendo-se como poesia?
Surgirá como defesa?
De jeito escondida:
Surpresa!
Palavra ou falésia?
Feita?
Ou à espreita?
De modo decidida!
Rima perfeita?
Comedida!
Lendo-se como cheirando, talvez, a maresia!
Como onda de água salgada desfeita:
Poesia!
Surgirá escondida?
De surpresa?
Palavra defesa:
Feita?
Ou espreita?
Decidida:
Perfeita!
Lendo-se comedida,
Como maresia:
Existirão lugares perfeitos sem nos sentirmos inteiros?
Existirão só defeitos?
Lugares pouco ordeiros?
Perfeitos?
Sem causa para redimirmos?
Nos acharmos completos?
Sentirmos!
Inteiros, repletos?
Existirão perfeitos?
Lugares ordeiros?
Sem defeitos,
Inteiros?
Sentirmos,
Redimirmos:
Completos?
Repletos?
Será que as grandes batalhas só são dadas aos grandes guerreiros?
Será um futuro de falhas?
Que surgem sem rodeios,
As histórias de aventureiros,
Grandes homens com poucos meios?
Batalhas!
Só deixam fraquezas,
São tiradas todas as riquezas,
Dadas!
Aos poucos tiradas,
Grandes, verdadeiros:
Guerreiros?
Será sem rodeios?
Que falhas?
As batalhas!
Grandes aventureiros,
Só meios!
São fraquezas?
Riquezas?
Dadas,
Tiradas!
Aos verdadeiros!
Grandes guerreiros!
Seguirei num mesmo corrupio ou acharei outra medida que faça inteiro sentido?
Seguirei sem desvio!
Num jeito pouco comedido,
Mesmo que pareça foleiro!
Corrupio!
Ou a vida?
Acharei outro desafio?
Outra via desimpedida?
Medida:
Que eu diga minha!
Faça ponto, vírgula ou linha?
Inteiro!
Sentido!
Num corrupio,
Seguirei foleiro!
Comedido?
Ou desafio?
Outra medida?
Que sentido?
Faça minha,
Outra linha?
Inteiro!
Poderá a pequena escrita ser a maior servidão de uma vida eterna?
Poderá ser perfeita?
A história,
pequena, estreita:
Escrita!
Ser desimpedida?
A mais interna?
Maior!
Servidão?
De dentro, inscrita,
Uma constante memória:
Vida,
Eterna devoção!
será, assim, salgada, a água do mar, apenas para nos tentar a?
Será para amar?
Assim, ao sabor das marés?
Salgada!
A vida que segue-nos nos pés!
Água molhada!
Do areal fico a olhar!
Mar!
Apenas ondas e porquês!
Para dar um maior significado:
nos lembramos do passado:
Tentar!
A água é sagrada!
Será salgada,
Amar!
A vida molhada!
Água nos pés,
Apenas marés!
Para olhar:
Mar,
Porquês?!
Para significado?
Passado,
Acreditámos na grande revolução ou apenas continuámos a marchar num novo compasso?
Acreditámos: pouco escasso?
Na saída da prisão?
Grande mordaça sem falar!
Revolução?
Ou foi mais um refaço do povo?
Apenas para enganar?
Continuámos!
A achar que tudo lutámos!
Marchar?
Num país de ilusão:
Novo?
Compasso!
Acreditámos?
Sem falar,
Escasso
Na revolução?
Ou continuámos?
Povo?
A ilusão:
Marchar,
Num país novo:
Compasso!
Poderá a existência ficar-se pela vã insatisfação, ou procurará a cheia plenitude?
Poderá o fim ser conclusão?
A tinta acaba: inquietude!
Existência,
Ficar-se pela simples experiência?
Pela palavra meia?
Vã incompreensão:
Insatisfação,
Ou o sentido tentará?
Procurará?
A linha direita do caminho:
Cheia!
Plenitude!
Poderá existência?
Meia!
A inquietude,
Ficar-se conclusão?
Pela insatisfação!
Ou caminho?
Cheia:
A plenitude!
Como seria se a vida fosse diferente, mas sem deixar de ser?
Como é que seria então escrever?
Seria, sem sentido mergulhar?
Se as imagens não tivessem gente,
A língua teria que aparecer?
Vida?
Fosse então noutra medida:
Diferente,
Mas, na mesma, tudo abarcar,
Sem que o rumo fique indiferente,
Deixar,
De lado, quase resumida:
Ser!
Como mergulhar?
Seria escrever?
Vida!
A gente,
Fosse diferente!
Abarcar!
Mas resumida:
Indiferente,