Amor

Minha Mãe

Minha mãe querida
Rainha da minha vida
Referência de uma grande guerreira, neste mundo nascida

Ultrapassou os limites do sofrimento
Nunca mostrou nenhum lamento
Pisou com os pés no chão firmemente, e engoliu em calado o choro

Valente por conta própria
E seguidora de seus princípios na vida
Sempre se levantou, quando se via ferida

Cobriu-me de amor, me vestiu e me causou
Ensinou-me o certo, e meus erros apontou
Seu segredo é caráter, que com ele Deus te abençoou

Meus tesouros

São vocês que tiram o meu sono
Todos os dias da minha vida
Tanto que tenho até pesadelo.

São parte de mim e da minha alma
Ao ponto de sentir as dores de vocês
Mais a mão de Deus me acalma.

Sofro calada de longe
Vendo vocês crescerem
Não sou dona de vocês, quem me dera se eu fosse.

Amo um amor indecifrável
Sob humano, desenfreado
Mais acima de tudo infalível.

Amo ver seus sorrisos
Mas não suas lágrimas
Infelizmente não controlo seus erros.

Por longas horas na silente noite,
quando a dormência inda não o embala
contemplativo o seu olhar repoisa
naquela imagem muda em sua sala.

Em meio ao fumo do cigarro amigo,
que como nuvens a brisa modela
seu pensamento no brilho vagueia
da lua argêntea sobre aquela tela.

Súbito morre da garrafa o vinho
e nem percebe o pintor solitário.
Por longas horas seus olhos fulguram
na escuridão de seu ermo cenário.

Canto III

Eu amo a mulher

que me ama,

eu sou o seu vigia,

e ela é a minha casa!

É porque eu namoro

com ela,

e ela me namora;

Eu sou o seu mar,

e  ela é a minha terra!

É porque eu caso

com ela,

e ela casa comigo.

Eu serei o sol  

dos seus dias,

e ela será a lua 

das minhas noites.

A rua dorme de noite!

Sérgio Accioly