Amor

Só Por Hoje!

É o fim

Mas também o começo.

Meus olhos úmidos

Olham  ternamente as estrelas do céu

Procuro esquecer as estrelas da terra,

Só por hoje!

A cada dia que passa

As memórias não vividas esvaecem 

E me enlouquecem outrossim.

E se eu tivesse vivido?

E se eu tivesse esquecido,

Os olhos que me cercavam?!

Nos olhos daquela dama,

eu naufragava!

Nos lábios da mesma dama,

eu me afogava!

E não praia dos seus beijos,

Eu não cheguei!

Morri nos seus sonhos,

Amor, Viva esse espetáculo!

Cai feito gota de chuva,

Mas em poucos segundos suplanta todo mar.

É luz austera da vida

O canto vívido da esperança,

Que os passarinhos alegremente se põem a cantar,

Gozo pleno de uma paz infinda.

Sua fragrância excede a essência dos mais puros nardos

Os deuses da Grécia antiga se ardiam em ciúmes,

Por ser ele, louro, negro, ilibado;

De todos, maleável emprego.

Não se podemos medi-lo

Pela extensão territorial do universo;

A Ele foi presenteado o paraíso dos deleites,

O céu de todos os versos,

Passagens

A mão fresca da noite recém chovida
desliza as últimas gotas que sobraram
em meu corpo.
 
Depois, vem a calma
que sucede a eternidade
dos encontros fugazes.
 
A eternidade dos amores passageiros
que se consumaram entre as marés
na chama do momento sempre.
 
 
Produção e divulgação de YARA MONTENEGRO, do Rio de Janeiro, em Dezembro de 2013. Feliz 2014 para todos.

Sonhos outros

Serão inúteis as apostas contrárias
e todas as vozes adversárias,
pois em ti repousa a graça necessária
para o exercício da fantasia diária.
Será em vão a maldade do Mundo,
pois eis que poesia vertida
em ti, acaricia a própria vida.
Será em vão o assombro tentado,
pois eis que o poema derramado
em todo peito será abrigado.
Siga comigo Marquesa dos Versos,
em outros sonhos seremos imersos.

                      

Poetar XVIII

Poetar XVIII

Diálogos...

Tente me esquecer

Tente delir-me de ti

Tente obliterar de teu viver

Às reminiscências que há de mim...

 

Tentarei te esquecer

Tentarei delir-te de mim

Tentarei obliterar de meu viver

Às reminiscências que há de ti!

 

Duvido que logre bom êxito

 Que conseguirás apagar-me

De ti, confesso que meu escrito

Tu nunca hás de devolver-me...

 

Fadiga de pedra

Quem ama, não ama,
Com os olhos, ou coração;
Ama com o pensamento,
De quem ama com a imaginação.

Caiam de cadeiras
Movidas por baleias,
Subam neste passeio
Roubado do que me veio.

Do cimo da ideia
Estará ao rubro
Encalhada, a fada:
A verosímil que cubro.

Toda a minha dentada,
Sem dentes para mais nada,
Toda ela é lida de emoção,
Fraca, e de vossa imaginação.

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