Amor

Compasso do amor

O doce mel

Rodopia por entre os versos

Ao ritmo de uma paixão

Momento delicado de duas almas

Em subtil dedicação.

A poesia faz-se presente

E alinha sentimentos

Em total veneração.

Neste compasso do amor

Há jardins perfumados

Onde chilreiam os pássaros

Em corações apaixonados.

Compasso do amor

Que embriaga corações sensíveis

De carinho galanteador

Incendeia o Brilho do olhar

E a um ritmo cardíaco descompassado

Faz a respiração parar

Reinventando

 
Inventarei um tempo novo.
Um tempo de pedra.
Onde dias são décadas.
Onde mesmo o vento 
Trabalhará bastante para levar o tempo. 
 
Inventarei um mineral novo
Que em sua solidão de cristal.
Prenda em seu calmo sono,
No silencio de suas entranhas, 
Sem pressa de acordar, o tempo. 
 
Inventarei de novo os ventos
E as pedras.
E com os dedos desenharei
No ar uma espiral

Levantei-me cedo

Levantei-me cedo

por não conseguir dormir

o sol ainda não nasceu

mas a temperatura é agradável,

saio para a rua

e parto à descoberta,

embrenho-me na natureza

mas os pensamentos é que me comandam.

Não dormi

e não me sinto cansado

a ansiedade alimenta-me

o corpo e a mente

tenho de esperar

mais algumas horas ainda

para que chegues.

 Com os primeiros laivos de claridade

encontro uma paisagem

que me envolve

sento-me e aprecio a sua transformação

Hélène, mon trésor

Tu es mon trésor, ma douce pensée, ma vie

Et ne t´étonne pas, tu es la femme la plus jolie.

Que serais-je sans toi qui es venu à ma rencontre,

Mon amour pour toi est infini et je te le montre.

 

Tu m´a donné de l´inspiration, de l´énergie,

C´ est pourquoi je t´ai  écrit cette poésie.

Aujourd´hui, loin de toi, ma vie serait brumeuse

Ta compagnie pour moi est très précieuse.

 

Hélène, mon ange, crois-moi je t´en supplie,  

Mon cœur bat pour toi de manière inouï.

Et dans mon âme passionné et brûlante, 

Perguntas-me

Perguntas-me

se estou apaixonado ?

se te amo ?

Não,

não estou

nem te amo

 

O meu coração salta

quando me falas

vibro

quando te ris comigo

adoro

a tua voz meiga

acordo o meu corpo

com os movimentos

que te adivinho

salto de alegria

se me dizes

que tens saudades

fazes-me feliz

quando acordas feliz

exulto

quando dizes que me adoras

sinto desnorte

quando não estás

sofro de ansiedade

quando te espero

ESQUECIDA

ESQUECIDA

Canto a história de um pranto
Nascido e vivido de um canto…
Por momentos julgado,
Mas amado…

Naquele dia… tarde… dois…
Novembro, sol de Abril…

Foi o choro, o grito e a angústia….
Pelo amor e a dor do medo da partida,
Que gritei como quem está só.

A dor e o tempo no vento dos lábios
Derramado num manto de lágrimas…
Branco como tu branca, e eu…?
Eu assim fiquei…

Caminhada…, ida… recordada…

AS CRIANÇAS

AS CRIANÇAS

 

A Matilde tem cinco anos e tem um irmão com oito, que já treina hóquei em patins, e sonha assemelhar-se um dia a um Vaz Guedes, Adrião ou Livramento. Para quem não se recorda, eram os Ronaldos do hóquei português nas décadas de cinquenta e sessenta. Estes jogadores, com o stick e a bola pequenina e redondinha, infligiam goleadas aos “nuestros hermanos,” ganhando-lhes sucessivas taças e campeonatos europeus e mundiais.

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