Amor

Odiar-te

Como posso odiar-te!

Se tanto te amei,

Quero esquecer-te,

Mas isso não sei.

 

Preso a mim ficas-te!

Vaga-lume na noite me enleei,

Posso lá eu amor delir-te,

Se a tua alma à minha atei.

 

Prostrada junto da amendoeira em flor!

Consome-me o teu odor,

Silencio da Solidão

Quando as dores se unem ao indesejado desprazer da solidão.

E então me recordo de tudo e de todos que se foram e ainda irão.

De toda a vida que passou diante de mim, grande cúmplice do tempo.

A vida, me deu e muitas vezes tirou, de um jeito cruel e lento.

O vento sopra meu rosto, com um leve aroma de nostalgia.

Me recordo e então sussurro, olha quem diria, ainda estou aqui.

Solitário cinto que me perdi, me distanciei de quem sempre amei,

e de tudo que já acreditei.

Com um sentimento amargo de dor e saudade, me pergunto será,

Deixe me Existir

A quem possa interessar esta carta,em uma pequena ata em uma garrafa 
mando minha vida. 
Em ondas de sentimentos, um ser,saudades,desejos,lembranças a esperança 
e vontades. 
A tempos esquecida em minha alma, descansando em uma calma quase que inerte. 
Em uma ilha de esquecimento, hoje quase sem palavras estou, em um apelo. 
Reúno em minhas forças, um ultimo sussurro restantes te peço, deixe-me existir. 
Sem precisar se redimir, talvez daqui a um minuto você já me esqueça 

e onde ela flor, desabrochou

No seu dia de aniversário
Felismina sai do armário
não quer ser a angélica
toda ela se sente lésbica
 
que lhe perdoe o namorado
que apesar de prendado
e de lhe jurar eterno amor
não lhe dá o cálido calor
 
que ela tem na sua metade
e que em boa verdade
ele nem se atreva imaginar
algum dia se assemelhar
 
só de pensar fica transtornada
nas lânguidas carícias da amada
que a deixam quase letárgica

bendito verso

vives a vida toda num só dia
e todo o sexo em uma noite
bem sabes o quanto queria
quando pedes que me afoite
 
suplicas-me a total entrega
insensibilidade de sentir dor
irradias a luz que me cega
e que me dá todo o teu amor
 
na ausência de qualquer nexo
justificas-te com olhar atrevido
de quem sabe recriar o sexo
e de nunca o haver esquecido
 
revolves-me com ansiedade
desprendendo ternas carícias
contas-me a dor da saudade

uma força desmedida

uma força desmedida
na procura da energia
como se essa investida
te recupere a alegria
 
uma firme vontade
de tudo desvendar
e obter a metade
pra te completar
 
muito orgulho ferido
do amor que se anseia
quase sempre tolhido
na onda que revolteia
 
maré que vai e vem
ordenada no luar
vertida nesse bem
que tens no olhar
 

De amor é o teu chão...

Tão alta que tu estás,

mesmo assim telheiro dos amantes,

dos que próximos estão,

ou daqueles que se têm distantes.

Todos te olham e te oferecem,

dando aquilo que não é seu,

também te prometi eu um dia,

ao amor que julguei ser meu...

Tomas a forma dos sonhos,

dos corações apaixonados,

e brilhas dentro do escuro,

dos que à solidão estão condenados...

Nas noites ergues esperança,

a todos sem excepção,

LUGARES

" Eu te cantarei ao dono do tempo
sem medo de poder perder o tom
te levarei no peito, na alma, na emoção
e onde ficaste, desejo que te sobre felicidade

continuarei andante, peregrino do amor
ave que voa infinitos 
fera que sabe o rugir da saudade
que subtrai boas sementes da dor

a todos que souberam que o nosso nada seria para sempre
deixo uma citação
amor é pássaro que voa livre
mas não pousa em qualquer coração...

Magnólia Rosa

Magnólia Rosa

Hoje no átrio da Unidade de Santa Cristina reparei que uma magnólia cresce verticalmente, como uma vara ou uma cana da India.

Ela faz isso apenas porque procura o Sol, porque quer sobreviver!

Ela cresce sem copa para não morrer! Parece um pau desnudado, magro, esfomeado, mas milagrosamente tem flores lindas; que tu, meu amor, tão bem conheces.

É uma Magnólia Rosa e está florida de baixo até ao topo. Procura o sol como eu procuro o teu amor.

O meu amor tem vidas sem fim para amar-te.

E nem o Sol me vai impedir de o fazer crescer.

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