Amor

Singela oferta

Em ti revejo o meu lado breu,

Asas sentidas e de mim arrancadas

Com golpes desferidos no sentir do meu ser

E tu jamais me encontrarás

Pois o viver na mundana surdez sem horizonte

Abarca a tua alma que inocentemente ignora,

Este embaraçoso sentir jamais vivido,

Por um pedaço desta minha alma

Que ansiosa por desvendar

Este estranho viver que revolve o meu ser

E neste tempo revivido sem limite,

Apaga em mim todo o sentir deste fugaz sonho

Neto

As estrelas inebriantemente cintilam no firmamento
O teu sorriso seduz-me,
Um devaneio que anseio viver
Tocar teu corpo tão pequenino e inocente
E ver-te crescer como uma flor,
E as lembranças jamais apagadas dos que amo
Me buscam o caminho a percorrer
E assim o arfar dos fiéis animais,

Filho

Abençoado espinho que me crava de dor imunda,
Que me afunda mas revejo o sorriso que apraz o seu olhar
Inocente e profundo que abafa em si a flor que irradiará vida.
Na tua cândida forma de ser,
Revesti em profundo perder do que mais ambicionas encontrar,
Em solidão, amargamente encontrando o meu olhar.

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