Desilusão

Anedota

Eu pensava que o amor era fácil.  Pensava eu enganado.

Desilusão após desilusão fui me apercebendo do que realmente é o amor.

O amor é uma anedota sem graça. Podemos contá-la de diferentes maneiras, mas será sempre em vão porque no final ninguém se ri.

Podes mudar as personagens, podes mudar o início, moldar o meio e alterar o fim.

Poderás eventualmente demorar mais tempo a contá-la, como pode ser contada rápidamente. Poderás até nem chegar a contar a anedota em si. 

Vejo, ao fundo

Vejo, ao fundo,
sorrisos meus
acenando à minha irresponsabilidade ébria,
como quem diz adeus...
A folha da confiança, que é fria,
quando amarrota
apaga o dia
e não volta
a ser lisa.

O vento passa
levando e trazendo
o que não tenho,
alisando a minha memória das fissuras
e mantendo viva a esperança
que tenho de viver em linha recta.
Mas não apaga o desenho do Adeus,
não aquece a folha da confiança amarrotada
não faz meus os desejos teus,
nem retroceder na perene estrada.

Libido Letárgica

Dentes serrilhados envoltos em doces lábios;

Nado com tubarões dentro do lago.

É excitante morrer sendo devorado

Pela rosa que enrubesce por dentro.

 

Todas as chances perdidas

De roubar as tardes

Da cama do horizonte;

Morfeu em sua morada,

Se tornaram obscuras

Nas cores da despedida.

 

Agora é tarde demais de novo;

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