Desilusão
SONHOS DE POETA - II
Autor: josé João Murti... on Monday, 9 June 2014SONHOS DE POETA – II
Poema de sofrimento, um grito alado de dor
que ecoa no vazio, entre as margens do lamento.
Na conjuração das asas, para transpor abismos,
segura nas garras o símbolo do sentimento.
Fragrância latente no estigma da alma em flor,
verbo devoluto que se desfolha nos eufemismos
dos pensamentos trajado no negro da desilusão.
Sem alento, as visões mastigadas, jazem caídas,
varridas, para esse abismo profundo de solidão.
Lugar
Autor: Andreia Sofia on Sunday, 25 May 2014Nadando no mais profundo de mim
Encontrei um espaço onde posso sonhar
Onde posso um dia encontrar
Aquilo que eu quero ser
Nesse espaço não há medo de viver
E a vida me parece tão real
Longe de tudo o que é banal
Nadando no mais profundo de mim
Existe cor e balançar
Existe o vento a soprar
E se eu estiver a chorar
Morte
Autor: Michel Leal on Sunday, 27 April 2014Aqui no quarto escuro
Silencio vem me ver
A morte me buscar
Pra longe vou viajar
Brincar com as palavras
Belo modo de se expressar
Mas qual a honra nisso
Se não pra bajular
Não adianta escrever
Sem nada pra dizer
Vai ser só blábláblá
Como acabei de falar
Não sou poeta
Nem escritor
Sou só um garoto
Com o coração melado de amor
Doce como aquela flor
Pena que já morreu, toda cheia de dor
Cravo negro...
Autor: Ártemis on Friday, 25 April 2014Cravo, onde está a tua cor,
não sei dela, não sei de mim,
roubaram-te a esperança,
a mesma que tiraram de mim...
Estás de luto vestido,
quem te trajou afinal,
foi essa gente desgovernada,
que anda a matar Portugal...
Vejo as tuas lágrimas sobre a terra,
e choro eu contigo também,
com saudades desse tempo,
em que não pretencíamos a ninguém...
Venderam-nos a alma,
deixaram-nos o corpo ao abandono,
somos como cães sem raça,
de quem já ninguem quer ser dono...
FORAM AS GENTES DA MINHA GREI!
Autor: Ezequiel Franci... on Sunday, 20 April 2014
FORAM AS GENTES DA MINHA GREI!
Foram as gentes da minha grei
Que tudo me contaram
E eu sempre acreditei
Em tudo quanto falaram
Disseram-me dos sonhos
Sussurraram-me dos amores
Murmuraram-me das dores
Falaram-me do que era risonho
Não falaram da vida negada
Da verdade massacrada
Da mentira escondida
E eu, em vivência invencida
Fui morrendo: de venenos,
Amores e sonhos pequenos!
Ezequiel Francisco
Pensem as sétimas palavras
Autor: Rui Correia on Saturday, 19 April 2014Quem diz como as coisas são?
Estou a questionar-me
devido a ilusão
de estarem sempre a pressionar-me.
Esta ilusão faz com que fique farto;
Tanta pressão
e, depois, quando passo para o acto,
uma desilusão.
Querem que, também, seja como vós?
De ser por ser,
até viver esperando que o deus atroz
me venha comer?
É assim que zelam pelo futuro?
Ver quem somos
se desvanecer no escuro
e, ainda, contribuir para oprimir
o futuro que fomos?
Relutando em dizer-te Adeus
Autor: Miriam Soares on Thursday, 17 April 2014ANATOMIA DO POEMA - MONOLOGO
Autor: josé João Murti... on Saturday, 12 April 2014A vida...
Autor: António Cardoso on Thursday, 27 March 2014Que mágoa de vida esta minha,
Hoje está na minha cama, amanhã me assassina.
Hoje é a companheira, a mulher da minha vida,
Amanhã é a minha queda, a minha maior ferida.
Nada parece estar certo, nada parece ser para durar,
Mas também é sempre muito cedo para tudo acabar.
A vida é uma cova ou uma cela de prisão,
Que enterra os meus sonhos ou me prende na solidão.