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Contos de Fadas - Conto I

Era uma vez
Um mundo belo dos sonhos,
O mundo de perdição d’uma alma
Essencialmente sonhadora.
 
Perde-se,
Nessa viagem tão acolhedora
Ao mundo do imaginativo,
Sem mapa de regresso.
 
E essa alma entra na fantasia,
Vive através d’um conto de fadas.
Histórias e lendas e fábulas ela cria
- Mitos da sua imaginação!
 
Tudo representado
Na forma d’ um lindo conto de fadas!

Equilíbrio

 
Equilíbrio,
Que te quero tanto,
Sacia as arestas do meu canto.
 
Quem sou ao sabor do vento?
Caminhante ou esse ser esborrachado,
Que nada faz do que lhe digo para fazer...
 
E Ser apenas és no teu aposento,
Anseias ser sempre e em todo o lugar,
Esperas deixar o sonho acontecer.
 
A vida esdrúxula domina,
Que saibas tu pisar a terra,
Antes de quebrares os pés.
 

Os Segredos

 
Os segredos.
Esses mesmos segredos,
Esses tais segredos, que sabem mas não conhecem
Os murmúrios que ouvem segredos.
 
Esses murmúrios que ouvem e não escutam,
Que sabem mas não conhecem,
São o pano de fundo das águas
Mas não o mar.
 
O mar, o mar são os tais segredos.
Aqueles que, como eu, dizem e não contam
– São os segredos do mar profundos como os meus!
 
A beleza das belezas,

Doce Céu

        Me abandono em seus braços

        Como se fora uma criança

         Me abraça jogando o laço

         Um abraço, um beijo e, me lança,

 

        Em alamedas floridas

        Aromatizadas infinitamente

       Belas, são flores  coloridas

      Que admiro; o belo somente

 

      Seu corpo meu abrigo

      Aconchego em doce céu

       Em silêncio eu te digo

       Sem dizer nada, meu favo de mel

 

  Nereide

Dormir Demasiado

 
Dormir demasiado,
Cabeça repousada no seio do desgosto,
Toda a vida que me pinta o rosto.
Linha leve entre sonhar e fantasiar,
Estar ou deixar-me estar,
Durmo demasiado.
Abraço o berço que me beija as ideias,
Dormir penetra nas minhas veias.
O tempo é aquele inimigo
De severas rugas e casaco antigo,
Atropela-me sem me despertar,
Durmo sem parar.
O tempo torna-se intemporal,

Onde nada míngua

Bem parece um monte de imagens sem substâncias

Quando nesta noite dependurada lutamos a brincar.

Princesas da sutileza, reis e tronos,

Eu, um louco com quebras na língua,

Ela, uma bruxa meninota miúda às danças

Para matizes e alguns cheiros de risos

Na esperança a vir a nós andeja correndo.

Agarra-nos pelos braços,

Esquecemos que quando nascemos experimentamos isto,

Só que ao avesso ficamos,

Versos somos.

Cante para o imóvel

Façamo-lo vibrar e tremer,

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