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ESPUMA DO TEMPO
Autor: josé João Murti... on Thursday, 5 May 2016ESPUMA DO TEMPO
Na crista de espuma de um ciclo sem fim,
Em ondas de saudade que o tempo penteia.
Perguntei ao mar se me levava a outro lado.
E o mar, escorrendo no seu frenesim
Lágrimas de sal, que ao vento presenteia,
Em gotas de odor, num rosto inebriado.
Velas solitárias, balouçam a vaguear
Nas vagas do sonho que não morre
Nos tempos nostálgicos e desnudos.
A saudade deixa-se beijar,
Pelo desejo que em mim percorre.
No silêncio dos meus gritos mudos.
João Murty
Mistério
Autor: Arlete Klens on Thursday, 5 May 2016Os Bens da Sabedoria
Autor: Adriano Alcantra on Tuesday, 3 May 2016Nesta xícara de café preto o olhar suplica aos
Adros num amarelidão
Dos dias que voltaram à baila
E como as coisas ainda estavam,
Estávamos no barato e sem preço do dia.
Alcançamos por cá,
Por cá, com o retorno das chuvas
Tornei a escrever-te no meu regar de lilases
Com muitas beldroegas forrageais
Só que tudo ao que termina pede,
De fora ouve-se o chamar deste monte,
Nos ecos sussurrantes falando.
As letras pobres e tristes vieram,
Viemos no caro e alto custo da vida.
Margem
Autor: Diana Santos on Monday, 2 May 2016Chamo-te no pensamento
para dentro de mim.
Envolvo-te no alento
do princípio do fim.
Pressinto o teu olhar,
o toque da sedução.
Saboreio o beijar
quente da perdição.
Reflexo da lua
Autor: Nereide on Sunday, 1 May 2016Serafins tristes
Autor: Adriano Alcantra on Sunday, 1 May 2016A rua vinha com gosto de brisa e desejo na vista,
Era de ir o tempo quebradiço,
Acolá foi desenhado a lápis, à mão
Após o depois, veio o agora com tinta
E um bocado de cor.
Só que impossível largar as lágrimas de cristais,
Os diamantes líquidos,
As sedas de prata
No transparente vidro de ar
Que não impede minha caminhada de quem
Flutua quando lê.
Pula debalde
Na esquina um alemão,
Noutra, eu,
Eu, um outro,
Nisto, estão
Estão, este pouco
E o mais de mim.
Quem dera
Autor: Diana Santos on Saturday, 30 April 2016Quem dera poder ser
Algo que já fui
Sem as consequências do ter,
Do poder de quem possui.
Quem dera libertar as amarras
Que o coração um dia criou,
Quem dera não sentir as garras
De quem a presa desprezou.