Geral
Serafins tristes
Autor: Adriano Alcantra on Sunday, 1 May 2016A rua vinha com gosto de brisa e desejo na vista,
Era de ir o tempo quebradiço,
Acolá foi desenhado a lápis, à mão
Após o depois, veio o agora com tinta
E um bocado de cor.
Só que impossível largar as lágrimas de cristais,
Os diamantes líquidos,
As sedas de prata
No transparente vidro de ar
Que não impede minha caminhada de quem
Flutua quando lê.
Pula debalde
Na esquina um alemão,
Noutra, eu,
Eu, um outro,
Nisto, estão
Estão, este pouco
E o mais de mim.
Quem dera
Autor: Diana Santos on Saturday, 30 April 2016Quem dera poder ser
Algo que já fui
Sem as consequências do ter,
Do poder de quem possui.
Quem dera libertar as amarras
Que o coração um dia criou,
Quem dera não sentir as garras
De quem a presa desprezou.
Outra linguagem
Autor: Jeferson Bandeira on Monday, 25 April 2016- Atenha-se à pontuação!
E quem disse que tem vírgula
a linguagem do coração?
Voz das Gangorras
Autor: Arlete Klens on Monday, 25 April 2016Parte do Tempo
Autor: Arlete Klens on Monday, 25 April 2016O tempo, isola dores,
Acumula sorrisos,
Eterniza lembranças.
O tempo acalma feridas
Aguarda que se redima.
Te ensina
Consola.
E quando é chegada a hora
Te arrebata,
Lembranças
Autor: Arlete Klens on Thursday, 21 April 2016Vejo um tanto de passado como se fosse hoje.
E o tempo carrega lembranças,
em memória daquilo que vivemos.
Teu semblante é fantasma acorrentado a alma.
Que não acalma se o dia dorme
E nem se afasta quando chega o amanhã.
Sigo aqui, escravo de ti,
Triste.
Amarrado ao tronco
E a saudade é açoite que castiga a alma.
Sou um pacote abandonado a árvore.