Margem
Autor: Diana Santos on Monday, 2 May 2016Chamo-te no pensamento
para dentro de mim.
Envolvo-te no alento
do princípio do fim.
Pressinto o teu olhar,
o toque da sedução.
Saboreio o beijar
quente da perdição.
Chamo-te no pensamento
para dentro de mim.
Envolvo-te no alento
do princípio do fim.
Pressinto o teu olhar,
o toque da sedução.
Saboreio o beijar
quente da perdição.
A rua vinha com gosto de brisa e desejo na vista,
Era de ir o tempo quebradiço,
Acolá foi desenhado a lápis, à mão
Após o depois, veio o agora com tinta
E um bocado de cor.
Só que impossível largar as lágrimas de cristais,
Os diamantes líquidos,
As sedas de prata
No transparente vidro de ar
Que não impede minha caminhada de quem
Flutua quando lê.
Pula debalde
Na esquina um alemão,
Noutra, eu,
Eu, um outro,
Nisto, estão
Estão, este pouco
E o mais de mim.
Quem dera poder ser
Algo que já fui
Sem as consequências do ter,
Do poder de quem possui.
Quem dera libertar as amarras
Que o coração um dia criou,
Quem dera não sentir as garras
De quem a presa desprezou.
- Atenha-se à pontuação!
E quem disse que tem vírgula
a linguagem do coração?
O tempo, isola dores,
Acumula sorrisos,
Eterniza lembranças.
O tempo acalma feridas
Aguarda que se redima.
Te ensina
Consola.
E quando é chegada a hora
Te arrebata,