UM DIA APÓS OUTRO
Autor: Arlete Klens on Wednesday, 27 May 2015
Há um silêncio nesta manhã chuvosa
A sala vazia ecoa os sons das risadas.
os gritos das crianças,
As cirandas por elas cantadas.
Apatia
Preferes viver só, distante...
Mudo, num silêncio profundo!
Junta-te a mim, um só instante...
Abriga-te na tinta dos meus versos
Entre as palavras ternas que te escrevo.
Que a solidão não te devore.
Sê firme, sê forte!
Afasta de ti essa névoa…
Olha o mundo, vê algo bom...
A natureza e o seu som
Hoje senti vontade de escrever
Um poema alegre
Mas a tristeza que sinto
Não me permite sorrir
E as lágrimas caem-me de leve
Choro no breu do meu quarto
Para não ver meu rosto tristonho
SAUDADE
O tempo passa e tudo que vivemos fica para trás
Saudade daquele tempo que pulava, e brincava
Esse tempo não volta mais!
Tempo, que eu ainda era criança! Cheia de esperança!
Saudade daquele tempo que cresci
junto a natureza! tudo era beleza.
Saudade da minha mãezinha, que nervosa a me chamar:
Menina vem depressa! seu banho tem que tomar.
Saudade dos meus irmãos, apelidos a me colocar,
E eu muito dengosa, me punha a chorar!
Saudade da escola, Passar cola?Nem pensar!
Embarquei no comboio das 16h40m
fui numa viagem sem destino,
tirei um bilhete sem ida e volta
As ruas estavam desertas
saí daquela esquina, saí para ver a noite
Pôr do sol
Que lindo o pôr do sol na minha aldeia.
Como aquecem os seus raios minha tez.
Como brilham, desabridos, os olhos teus,
Como tremem tuas mãos quando me vês.