Geral

Da minha poesia

És livre de ortografia, caligrafia e quaisquer dessas chatices
Podes muito bem ser coisas que o monstro normativo não permite
Tu omites detalhes e inventa adjetivos para descrever o inútil
Ah, poesia te amo, pois és leviana como a menina que amo
Te amo pois podes ser o que bem entender, assim como ela
Foge dos padrões pré-moldados

Container quebrado

CONTAINER QUEBRADO

 

Fogos de artifício invisíveis estouram ao meu lado

Supernovas explodindo na parte de dentro

Estrelas se colidem com minhas sensações

Não, não quero me conter

 

Supostas derrotas e vitórias verdadeiras

O equilíbrio da balança pelo desequilíbrio do momento

Viajo por galáxias de memórias passadas e futuras

E o sempre/agora vence mais uma vez

 

Não, não quero me conter!

Paz ?

Paz ?

 

Em algum lugar deve haver alguma paz
Como a tranquilidade de um barco ancorado
Como uma brisa leve que sopre suas velas sem amarras
Deve haver um mar calmo como a serenidade do entardecer
Quem sabe haja pássaros a cantar em revoada, libertos no ar
Onde estará a paz que precisamos?
O nosso mundo não amanhece mais em paz
O nosso mundo não anoitece mais em paz
Nem os humanos, nem os animais

Charles Silva

Carta a um poema intrometido

Carta a um poema intrometido

Ninguém te chamou
Deixa de ser metido
Só porque o momento é sublime
Porque o vento beija a face
Você vem com esse disfarce
Com esse papo ao pé do ouvido

O momento é outro
Você estava se comportando tão bem
Não era a hora
Mas você resolve aparecer mesmo nesta folha amassada
Não quer saber de aparências
Bem, nisto eu te saúdo e te admiro

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